A chilena Diamela Eltit e a literatura latino americana na FLIP
A literatura latino americana sempre aparece muito forte na FLIP e neste ano, além de Diamela Eltit, ela será representada também por uma argentina
A chilena Diamela Eltit, de 67 anos, foi a primeira autora confirmada na 15ª Festa Literária Internacional de Paraty no ano em que a FLIP terá o maior número de escritoras mulheres comparado aos anos anteriores. Eltit vai participar do programa principal na noite da sexta-feira (28), na mesa 10, a contrapelo + estranho, que acontece no auditório da matriz.
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Em uma lista com 25 grandes livros em espanhol dos últimos 25 anos, divulgada pelo suplemento cultural Babelia, do El País, tem "Jamas El Fuego Nunca", escrito por Diamela Eltit , que vem ao País pela primeira vez, sendo uma das autoras mais citadas tanto por livreiros, quanto por críticos e outros escritores.
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Em publicação inédita, "Jamas EL Fuego Nunca" foi editado pela Relicário, editora independente de Belo Horizonte, com tradução de Julián Fuks. Já a E-galaxia publicará "A Máquina Pinochet e Outros Ensaios”, coletânea de textos críticos da escritora, traduzidos por Pedro Meira Monteiro, organizados e prefaciados por Meira Monteiro e por seu colega em Princeton, Javier Guerrero.
O interesse por nomes como Eltit – bastante relevantes em outros países latinos, porém ainda pouco discutidos no País –, assim como de seus conterrâneos, Alejandro Zambra e Gonzalo Eltesch; o equatoriano Mauro Javier Cárdenas; os colombianos Felipe Restrepo Pombo, Giuseppe Caputo e Juan Cárdenas; o peruano Juan Manuel Robles; os argentinos Mauro Libertella e Samanta Schweblin, entre tantos outros traz um novo fôlego para o mercado editorial, inclusive com a criação de selos especiais para os “hermanos” e de festivais para celebrar as obras latinas.
A literatura latino-americana na FLIP
A literatura latino americana sempre vem muito forte na FLIP. Neste ano, além de Diamela, a argentina Leila Guerriero também marca presença no evento. No caso dela, "Uma História Simpls", um livro-reportagem em que acompanha um dançarino na disputa apaixonada de uma competição em Córdoba, já foi traduzido aqui no Brasil.
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No ano passado, a colombiana Gabriela Winer esteve em Paraty. Ainda falando em ourtos anos, em 2014 a feira contou com quatro latino americanos: Villoro, Jorge Edwards, Mochkofsky e Daniel Alarcón, comprovando essa força na FLIP.
Em 2012, por exemplo, outro chileno esteve presente no evento. Alejandro Zambra já era mais conhecido do que Diamela antes da FLIP e, inclusive, tinha um livro traduzido, mas após a grande exposição, ele passou a ficar mais conhecido e aumentar o número de livros por aqui.
Literatura latino americana
A literatura latino americana conta com diversos nomes importantes como Gabriel García Marquez (Colômbia) , Jorge Luís Borges (Argentina), Júlio Cortazar (Argentina), Isabel Allende (Peru), Murilo Rubião (Brasil), entre outros.
Jorge Luís Borges pode ser considerado um dos maiores escritores latinos com o livro "Aleph" entre um de seus mais conhecidos. Ele foi publicado no Brasil pela Companhia das Letras e também é bem conhecido por seus contos que criavam labirintos e muitas vezes tratavam sobre imortalidade, um de seus temas favoritos.
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O também argentino Júlio Cortazar é menos conhecido do que Borges, mas tem vários livros traduzidos no Brasil como "Bestiário", que possui um de seus contos mais famosos, "Casa Tomada" e "Jogo de Amarelinha", onde é possível você ler de duas maneiras: seguindo a ordem natural das páginas ou seguindo as orientações que ele faz no final de cada capítulo.
Já falando em chilenos, assim como Diamela Eltit, Roberto Bolaño é um dos maiores nomes da literatura mundial. O escritor tem vários livros traduzidos pela Companhia das Letras, dando destaque para "Os Detetives Selvagens", onde ele fala sobre opressão, principalmente os oriundos de governos totalitários.