BIOGRAFIA

Filha de uma advogada e de um funcionário do Instituto Brasileiro do Café, Cláudia Abreu nasceu no Rio de Janeiro em 12 de outubro de 1970. Influenciada por um tio que atuava, começou a fazer aulas de teatro na companhia do Tablado aos 10 anos de idade, época em que também estudava inglês e jogava vôlei. “Acabei me apaixonando pela atmosfera do Tablado. Foi o local onde encontrei a minha turma, as pessoas com quem mais me identifiquei”, disse a atriz à Rede Globo. Sua atuação na peça “O Despertar da Primavera”, aos 15 anos, lhe rendeu convites para testes na emissora carioca. Como resultado, ganhou dois trabalhos na Globo: em um episódio da série “Teletema” e na novela “Hipertensão”, na qual teve um dos papéis principais.

Desde o primeiro folhetim, Cláudia construiu uma carreira de sucesso, marcada por boas atuações em novelas, filmes e, claro, teatro. Em 1988, trabalhou na novela “O Outro”, de Aguinaldo Silva. No ano seguinte, a atriz teve seu primeiro papel de de destaque ao interpretar a princesa Juliette no sucesso “Que Rei Sou Eu?”, de Cassiano Gabus Mendes.

A boa atuação lhe rendeu o posto de protagonista em “Barriga de Aluguel”, em 1990. Na trama de Gloria Perez, a atriz interpretava uma jovem que alugava o útero para gestar o filho de outra mulher. Sobre a experiência, Cláudia conta que foi muito difícil fazer essa personagem pois ela tinha apenas 20 anos, não era mãe “e devia passar as emoções de uma mulher que estava gestando uma criança que, biologicamente, não era dela, mas que crescia junto com ela”.


Em seguida a atriz recusou outro papel de protagonista em uma novela para dar vida à militante Heloísa na série “Anos Rebeldes”, de Gilberto Braga. Desde então, ela está presente em praticamente todos os trabalhos do diretor. A atuação na série lhe rendeu o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

A atriz viveu uma escrava branca em 1999 em “A Força de um Desejo”, novela de época. O primeiro papel de vilã veio com a personagem Laura em “Celebridade”, de 2003. “Fazer vilã é ótimo, você pode tudo: você é amoral, não está presa a nenhum código de ética, a nada. E tanto Gilberto quanto Dennis Carvalho, que dirigiu a novela, me davam carta branca para colocar cacos. Então, eu falava absurdos, e eles deixavam”, disse a atriz sobre o trabalho.

Em “Belíssima” (2005), de Silvio de Abreu, interpretou Vitória, uma ex-menina de rua que é perseguida pela vilã Bia Falcão (Fernanda Montenegro). Em 2008, foi Dora Jequitibá, uma das protagonistas da novela “Três Irmãs”. Após esse trabalho, a atriz ficou quatro anos sem fazer novelas, até 2012.
Cláudia voltou às telas em “Cheias de Charme”, na qual vive a vilã Chayenne, cantora de tecnobrega que faz tudo por sucesso e dinheiro. A própria atriz canta as musicas da personagem, tendo gravado participações em shows de Michel Teló e Ivete Sangalo.

Além de novelas de Globo, Cláudia atuou em diversas séries e programas especiais da emissora carioca, como “A Comédia da Vida Privada” e “A Vida Como Ela É”, baseada na obra de Nelson Rodrigues. A atriz também trabalhou em filmes e peças de teatro tendo atuado em longas como “Tieta do Agreste”, de Cacá Diegues, e “Guerra de Canudos”, de Sérgio Rezende.

A carreira de Cláudia começou cedo, fazendo com que a atriz tivesse de estudar à noite para completar o ensino médio. Com mais de 30 anos, voltou aos bancos de uma sala de aula para cursar filosofia na universidade.
A atriz é casada com o diretor de cinema José Henrique Fonseca, com quem tem quatro filhos: Maria, Felipa, José Joaquim e Pedro Henrique. A mais velha nasceu em 2001, e o mais novo, em 2011.
Em 2003, Cláudia fez um trabalho em família ao atuar no longa o “Homem do Ano”. Dirigida pelo marido, o roteiro do filme é de autoria do sogro da atriz, Rubem Fonseca.
Por sentir que a gravação de novelas a impedia de passar tempo suficiente em família, Cláudia teve períodos em que se afastou dos folhetins, atuando mais em peças, longas e séries da Globo.

Televisão
1986 - Teletema, A Principal Causa do Divórcio
1986 – Hipertensão (Luzia)
1987 – O Outro (Zezinha)
1988 – Fera Radical (Ana Paula Flores)
1989 – Que Rei Sou Eu? (Princesa Juliette)
1990 - Barriga de Aluguel (Clara Ribeiro)
1992 - Anos Rebeldes (Heloísa Andrade Brito)
1993 - Caso Especial, O Mambembe
1994 - Pátria Minha (Alice Proença Pelegrini Laport)
1995 - A Comédia da Vida Privada, Casados X Solteiros (Edna)
1995 - A Comédia da Vida Privada, Sexo na Cabeça (Diana)
1996 - A Comédia da Vida Privada, A Próxima Atração (Clarisse)
1996 - A Vida Como Ela É (Vários Personagens)
1997 - Guerra de Canudos (Luzia)
1998 - Mulher
1998 - Labirinto (Liliane)
1999 - Força de um Desejo (Olívia Xavier)
2001 - Os Normais, Trair é Normal (Ana)
2001 - Brava Gente, O Diabo Ri Por Último
2002 - O Quinto dos Infernos (Amélia de Leuchtenberg)
2003 - Celebridade (Laura Prudente da Costa)
2004 - Sitcom.br
2004 - Casseta & Planeta (Ela Mesma)
2005 - Belíssima (Vitória Rocha Assumpção / Vitória Güney Moura)
2007 - Dicas de um Sedutor (Adriana)
2008 - Três Irmãs (Dora Jequitibá Áquila)
2012 - Cheias de Charme (Chayenne/Jociléia Imbuzeiro Migon)

Cinema
1992 - Absinto
1996 - Tieta do Agreste (Leonora)
1997 - O Que É Isso, Companheiro? (Renée)
1997 - Guerra de Canudos (Luíza)
1997 - Ed Mort (Cibele)
2001 - O Xangô de Baker Street (Baronesa Maria Luiza)
2003 - O Homem do Ano (Cledir)
2003 - O Caminho das Nuvens (Rose)
2008 - Os Desafinados (Glória)
2008 - Todo Mundo Tem Problemas Sexuais

Teatro
1989 - Orlando
1994 - Viagem ao Centro da Terra
1990 - Ela odeia mel
1986 - O Despertar da Primavera
1991 - Um Certo Hamlet
1997 - Noite de Reis
1999 - As Três Irmãs
2003 - Pluft, o Fantasminha

Prêmios
1992 - Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) por Anos Rebeldes
2004 – Prêmio Contigo de Melhor Atriz por Celebridade
2004 – Prêmio Nick de Melhor Vilã por Celebridade