Filho de Bárbara Evans: como agir diante de picadas de escorpião?

Antônio, de 1 ano, foi atacado pelo animal peçonhento no último sábado (14)

O veneno do animal não chegou a ser liberado no organismo da criança.
Foto: Reprodução/Canva
O veneno do animal não chegou a ser liberado no organismo da criança.


O filho de  Bárbara Evans , Antônio , de 1 ano, foi atacado por um escorpião, no último sábado (14). Aos pratos, a influenciadora relatou o incidente. O menino foi de ambulância para o hospital, onde recebeu atendimento. 


De acordo com o relato, o animal estava grudado na mão da criança, que é gêmeo de  Álvaro . Apesar da picada, o escorpião não chegou a soltar o veneno. O filho da campeã de ' A Fazenda 6 ', já recebeu alta e está bem.

Porém, nem sempre há final feliz com acidentes envolvendo o animal. A depender da espécie e da quantidade de veneno injetada, a picada de escorpião pode matar um ser humano em até duas horas — em bebês, o tempo pode ser menor.

Como agir diante de picadas de escorpião?

O animal representa um grande perigo. A combinação de temperaturas elevadas e chuvas frequentes favorece a proliferação de escorpiões e, consequentemente, as chances de acidentes.

Bárbara Evans apareceu aos prantos ao relatar o incidente.
Foto: Reprodução: Instagram
Bárbara Evans apareceu aos prantos ao relatar o incidente.


Por isso, saber como agir diante de picadas de escorpião pode ser a diferença entre a vida e a morte. Para entender sobre o tema, iG Gente conversou com a médica Maria Cristina Bem Costa, docente do curso de Medicina do Centro Universitário Max Planck (UniMAX).

Para evitar incidentes, a especialista recomenda manter ambientes limpos, evitar acúmulo de entulho, vedar frestas e sempre sacudir roupas e calçados antes de usá-los. Em caso de picada, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente.

De acordo com Maria, a existência de algumas crenças errôneas pode atrapalhar uma ação eficaz para conter os possíveis efeitos. A seguir, confira mitos e verdades na prevenção e tratamento desses acidentes.

Mitos e verdades

1. Chupar o veneno ajuda a evitar complicações?

Mito! Diferente do que se vê em filmes, tentar sugar o veneno da picada é ineficaz. Além disso, pode aumentar o risco de infecção. “O veneno se espalha rapidamente pelo sistema linfático, e nenhuma sucção externa pode reverter esse processo”, alerta. O ideal é lavar o local com água e sabão e buscar atendimento médico.

2. Todas as picadas de escorpião são fatais?

Foto: Reprodução: Flipar
No Brasil, existem duas das espécies mais relevantes: o escorpião-amarelo brasileiro, que se reproduz por partenogênese (sem necessidade de machos) e está associado a acidentes urbanos.


Mito! Acidentes com escorpiões são potencialmente graves, mas a maioria das picadas causa apenas dor intensa e reações locais. Segundo a especialista, o mair risco é para crianças menores de 7 anos, idosos e pessoas com problemas cardíacos ou alérgicos, que podem desenvolver complicações sistêmicas. 

3. O gelo alivia a dor da picada?

Verdade! Aplicar compressas frias pode ajudar a reduzir a dor e o inchaço no local. A ação do gelo é como um anestésico temporário, mas não impede possíveis complicações. "É essencial buscar atendimento médico”, ressalta.

4. Se não sentir dor forte, posso ignorar a picada?

Foto: Reprodução: Flipar
Entre as principais espécies, destaca-se o Androctonus australis, conhecido como escorpião-amarelo, encontrado no norte da África e no Oriente Médio.


Mito! Algumas pessoas podem apresentar reações leves no início, mas os sintomas podem piorar. Maria explica que a evolução dos sintomas varia de acordo com o organismo e a quantidade de veneno injetado. Por isso, o indicado é procurar um serviço de saúde para avaliação sempre.

5. Existe um tratamento eficaz para o veneno de escorpião?

Verdade! O soro antiescorpiônico é utilizado em casos específicos e mais graves, ajudando a neutralizar o efeito do veneno. “Esse soro deve ser administrado o mais rápido possível, no entanto, nem todos os casos de picada de escorpião exigem o uso do soro, e a conduta deve ser avaliada por um profissional de saúde", finaliza Maria.