O ator e comediante Renato Aragão está completando 90 anos nesta segunda-feira (13). Colecionador de histórias, o eterno Didi Mocó já viveu diferentes tipos de aventuras em sua vida, se livrando de desastre aéreo e quase alcançando o sonho de ser jogador de futebol antes da fama na televisão brasileira.
1) Desastre aéreo
Em 5 de setembro de 1958, Renato Aragão sobreviveu a um trágico acidente aéreo na região do Bodocongó, na Paraíba. O avião em que viajava colidiu com a mata densa da serra, resultando na morte de 13 das 40 pessoas a bordo. Até hoje, o comediante se emociona ao relembrar o episódio que marcou sua vida para sempre.
2) Quase foi jogador de futebol
Renato Aragão tinha talento nos gramados e chegou a tentar a carreira como atacante, com um chute certeiro de perna direita. Ele fez teste para o time profissional do Ceará, em Fortaleza, mas acabou optando por um emprego mais estável como bancário. Vascaíno de coração, participou de peladas no Rio de Janeiro ao lado de Chico Buarque e seu famoso time, o Polytheama.
3) O sobrenome de Didi
O personagem Didi nasceu no Ceará e rapidamente conquistou o público, mas seu peculiar sobrenome só surgiu em um improviso durante o programa A,E,I,O... Urca, exibido na TV Tupi, no Rio de Janeiro, nos anos 1960. Desde então, ele passou a ser conhecido como Didi Mocó Sonrisépio Colesterol Novalgino Mufumbo, um nome que arrancava risadas instantâneas.
4) Timidez fora dos palcos
Apesar de Didi ser conhecido como uma figura alegre e cheia de energia, Renato Aragão é descrito como um homem sério, tímido e reservado. Na infância e adolescência, a timidez era ainda mais evidente, mas ele encontrou inspiração em Oscarito, seu ídolo no cinema, e decidiu seguir o caminho do humor.
5) Fã de Quentin Tarantino
Renato Aragão tem um gosto peculiar para cinema e é grande admirador de Bastardos Inglórios (2009), dirigido por Quentin Tarantino. Ele elogia o estilo cartunesco do filme e a forma como a história aborda o tema da vingança contra os nazistas. Os atores Christoph Waltz e Diane Kruger também estão entre os favoritos do comediante.
6) A importância de Tião Macalé
Tião Macalé, o eterno dono do bordão “Ih, nojento! Tchan!”, é lembrado por Renato Aragão como o quinto Trapalhão. Criado pela Irmã Dulce, o baiano era conhecido por sua risada inconfundível e por implicar nos bastidores com Mussum, flamenguista fanático, enquanto ele torcia pelo Fluminense.
7) Pagador de promessa
Renato Aragão passou por um grande susto quando perdeu o filho Paulo, de apenas 3 anos, na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Após encontrá-lo, cumpriu uma promessa subindo os 382 degraus da Igreja da Penha com a criança nas costas, em agradecimento.
8) Formado em Direito
Em 1961, Renato Aragão concluiu a faculdade de Direito, mas nunca exerceu a profissão. O objetivo do diploma era garantir crescimento na carreira bancária, que iniciou após ser aprovado em um concorrido concurso público para o Banco do Nordeste.
9) Os extremos do público dos Trapalhões
Ao longo da trajetória, os Trapalhões se apresentaram em situações bastante diferentes. O maior show foi para 200 mil pessoas em Esteio (RS), evento que quase saiu do controle com a queda do palanque. Por outro lado, o menor público foi uma apresentação particular para apenas sete crianças em Belo Horizonte, algo que o grupo só descobriu ao chegar à festa.