Mouhamed Harfouch
Reprodução/Instagram
Mouhamed Harfouch


O ator e cantor Mouhamed Harfouch, conhecido por sua versatilidade ao transitar entre teatro, TV, cinema e música, estreou na última sexta-feira (10) o monólogo autoral Meu Remédio , no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro.

A obra, que celebra seus 30 anos de carreira nas artes, é uma reflexão íntima sobre suas origens árabes e o impacto de sua trajetória na construção de sua identidade pessoal e artística.

Em entrevista exclusiva ao iG Gente , Harfouch, que no ano de 2024 se destacou em projetos como as séries Rensga Hits e Bentinho , no longa Nosso Lar 2 e no premiado musical Querido Evan Hansen , revelou detalhes do processo criativo e os desafios de transformar sua história em arte.

Ele compartilhou como, desde cedo, seu nome e origem o levaram a lidar com situações que moldaram sua percepção de mundo. “Desde que me entendi por gente percebi que o meu nome me obrigaria a ter jogo de cintura. Nunca foi tranquilo me apresentar, ainda mais criança! A maturidade me fez olhar para a minha caminhada e perceber o quanto ela estava intrinsicamente ligada ao meu próprio nome”, explica.

Mouhamed Harfouch
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A construção de "Meu Remédio"


Foram dois anos de escrita até que o texto estivesse finalizado, um processo que o ator descreve como intenso e desafiador. “Muitas vezes me peguei querendo abandonar o projeto. Depois voltava a ele, quase como um chamado. É estranho falar de si, expor coisas íntimas, pessoais, mas no palco eu não interpreto a mim somente. Dou vida a inúmeros personagens que fizeram e fazem parte da minha vida, numa costura de cenas que se entremeiam”, conta.

Com uma narrativa dinâmica e viva, o espetáculo mistura drama e comédia, conduzindo o público por histórias que celebram sua ancestralidade e sua jornada artística.

Mouhamed Harfouch
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Mouhamed Harfouch



A música como elemento essencial


Embora a música não estivesse nos planos iniciais, ela acabou se tornando parte fundamental da obra durante o processo de montagem. “A música hoje é tão complementar à minha arte que não anda junto, é uma extensão do meu artista. Meu filtro de atuação se dá de forma musical e isso fui aprendendo com o tempo”, revela Harfouch. No palco, ele utiliza o violão para criar conexões emocionais e narrativas, destacando a música como uma extensão natural de sua expressão artística.

"Meu Remédio" é mais do que um espetáculo autobiográfico; é um tributo à ancestralidade, à caminhada e às pessoas que fizeram parte de sua história. “Meu remédio é uma celebração da caminhada, dos que me antecederam e dos que virão depois de mim”, reflete o ator.

A estreia do monólogo não apenas marca um marco pessoal na trajetória de Mouhamed Harfouch, mas também convida o público a refletir sobre suas próprias histórias, origens e os significados que carregamos ao longo da vida.


** Não recuso convites para shows, festivais, peças de teatro e exposições, pois, além de hobbies, me inspiram no trabalho. Com mais de 15 anos de experiência na comunicação, me descreveria como "competente, divertida e criativa".

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