A atriz Larissa Manoela entrou com uma ação contra a gravadora Deckdisk pedindo a rescisão de um contrato vitalício assinado por seus pais quando ela tinha 11 anos. A cláusula, considerada abusiva, impede a retomada da carreira musical da atriz e cantora, afastada dos estúdios desde 2019.
A advogada Patrícia Proetti detalhou o caso em entrevista à coluna de Fábia Oliveira , afirmando que Larissa busca encerrar o vínculo firmado em 2012. O documento também foi aditado quando a artista tinha 17 anos, novamente com a assinatura dos pais como representantes.
"Este contrato contém cláusula de caráter vitalício, o que é abusivo, além de ser omisso quanto à prestação de contas", explicou Patrícia. A advogada destacou ainda que Larissa nunca recebeu relatórios financeiros nem valores provenientes do acordo.
A artista também não tem controle sobre suas músicas nas plataformas digitais. "Larissa tampouco vem usufruindo dos direitos oriundos das suas plataformas digitais, que hoje ficam totalmente restritas ao contratante", ressaltou a defensora.
O contrato impede que Larissa Manoela lance novas músicas sem a autorização da gravadora. A multa para rescisão é considerada alta, dificultando a solução do impasse e travando o retorno da artista ao mercado fonográfico.
O documento, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo , prevê que a Deckdisk detenha o controle das produções musicais da cantora por toda a vida. A gravadora é responsável por artistas como Pitty , Roberta Sá e NX Zero .
Larissa Manoela explicou que a situação se arrasta há dois anos. A atriz afirma que se dedica a resolver a questão judicialmente para recuperar o direito de gerenciar a própria carreira musical.
Desde 2019, Larissa não lança novos trabalhos musicais, mas acumula cerca de 200 mil ouvintes mensais no Spotify. A expectativa é que a decisão judicial permita a retomada dos projetos musicais da atriz após o encerramento do contrato.