Patricia Abravanel detalha últimos momentos com Silvio Santos vivo: "Queria ir embora"

Herdeira do comunicador rompeu silêncio e explicou silêncio da família no dia do falecimento

Patrícia Abravanel relembra útlimos momentos com Silvio Santos
Foto: Reprodução SBT/ SBT+
Patrícia Abravanel relembra útlimos momentos com Silvio Santos

Patricia Abravanel, de 47 anos, é uma das entrevistadas de "Silvio Santos: Vale Mais do que Dinheiro", série documental sobre a carreira do apresentador recém-lançada no SBT +, streaming gratuito do canal. A herdeira do  icônico comunicador, que morreu aos 93 anos, detalhou os últimos momentos em que esteve ao lado do patriarca.


"Tem até uma selfie que fiz com o meu pai lá, conversando com os médicos. E mandei isso no grupo da família, falando que meu pai queria ir embora. Deixamos o tempo do antibiótico, e ele foi embora", lembrou, em referência à  primeira alta de Silvio Santos, em julho deste ano. 


Em agosto, quadro do apresentador piorou, foi de uma infecção por Influenza (H1N1) para uma broncopneumonia. Por isso, ele precisou ser internado outra vez. "Ele não estava mal. Até porque meu pai se mostrava muito forte quando estava com a gente", destacou Patricia.


A quarta filha do fundador do SBT se ausentou na época em que o pai teve alta, já que tinha um casamento em outro estado. Ao viajar para a cerimônia, recebeu a notícia de que o pai tinha sido internado mais uma vez. "Eu falei: 'Mas ele precisa mesmo voltar pro hospital? Ele não gosta'. Minha mãe disse que ele queria ir, e disse para eu ficar. Eu pensei em voltar, mas acreditei que não aconteceria nada", recordou.


"Acreditei até o último segundo, eu orei por isso. Levantava de madrugada para pedir a Deus para deixar meu pai viver mais. Quando veio a ligação falando que meu pai tinha ido, eu acreditei que Deus tinha cuidado de tudo. Ao mesmo tempo que a fé encoraja, ela consola", completou.


Silêncio da família

Patricia também explicou o motivo que fez a família se resguardar no dia do falecimento, 17 de agosto. Segundo ela, os familiares optaram pelo momento de silêncio já que sábado é o shabat para os judeus. "Ele morreu no sábado, e nesse dia tem o shabat, o judeu não pode fazer nada. A gente sabia que meu pai tinha esse desejo, ele não queria comoções", argumentou.


"A gente se reuniu e, de repente, a Daniela [Beyruti] ficou quietinha. Estávamos falando que as pessoas iam ficar com raiva da gente se não falássemos nada, porque ele não é só nosso, ele é do Brasil. A Dani escreveu o texto, e colocamos no meu Instagram. A gente sentiu o respeito das pessoas. Todo mundo entendeu, porque ele era querido, amado. Nos sentimos muito amadas e abraçadas", finalizou.