Até mesmo Marina Ruy Barbosa acabou sendo envolvida em meio à disputa familiar que opõe seu noivo e seu sogro, em uma briga pelo controle de um império comercial avaliado em R$ 1 bilhão
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Abdul Fares, de 40 anos, herdeiro do grupo Marabraz , teria desembolsado R$ 22,5 milhões em dois anos com "despesas pessoais", período em que também se aproximou e iniciou um relacionamento com a atriz, conforme detalhado na ação movida por Jamel.
Imagens do anel de noivado em formato navete, cravejado de diamantes, que Marina recebeu do empresário em uma rápida passagem por Dubai , foram apresentadas como provas do estilo de vida luxuoso de Abdul . A joia, avaliada em US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 6 milhões), reforça as acusações de extravagância e excessos.
A Folha de São Paulo teve acesso à defesa apresentada no processo: “Nos últimos dois anos e meio, Abdul gastou, com recursos das empresas da família, pelo menos R$ 22,5 milhões em viagens de jatinho, helicópteros, diamantes de milhões para presentear sua noiva e outras despesas suntuosas.”
O escritório Warde Advogados , que representa o sogro de Marina, detalha na queixa-crime que Abdul vive um estilo de vida digno dos potentados árabes, sustentado pelas rendas dos imóveis alugados pela família. “Nada mais doloroso para um pai do que processar criminalmente o próprio filho”, afirma o documento enviado ao 2º Distrito Policial de Barueri , onde ambos residem em mansões separadas no condomínio Alphaville.
A situação se complica ainda mais com os pedidos de interdição feitos pela equipe jurídica de Abdul na Comarca de Simões Filho , interior da Bahia. A alegação é de que Abdul mantém uma residência alugada no município, no valor de R$ 2,5 mil, embora nem o pai nem o filho possuam qualquer ligação com a cidade.
Agora, o Ministério Público, conforme reportado pela "Folha", suspendeu temporariamente o processo de Abdul na Bahia, com um pedido de curatela provisória, até que a questão de sua residência seja devidamente esclarecida. Em uma petição apresentada no dia 5 de dezembro, a defesa de Jamel acusa Abdul de “falsidade ideológica” e o classifica como “ingrato e parasita”. “É uma ação estarrecedora, inacreditável”, afirma a petição.
No pedido de interdição, Abdul argumenta que o pai enfrenta sérios problemas de saúde, como cardiopatia grave, depressão profunda, dependência química em razão do uso excessivo de medicamentos controlados e agressividade, com laudos médicos confirmando essas condições.