Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso comemoram condenação em caso de racismo contra filhos

A acusada, Adélia Barros, foi sentenciada pela Justiça de Portugal a oito meses de prisão

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso são pais de três filhos: Titi, Bless e Zyan
Foto: Reprodução/Instagram
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso são pais de três filhos: Titi, Bless e Zyan


Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso  comemoraram nesta sexta-feira (15) a condenação da Justiça de Portugal de uma mulher que praticou injúria racial contra os seus filhos, Titi e Bless, que na época tinham 7 e 9 anos, respectivamente, durante uma viagem ao país europeu em 2022.


De acordo com informações do jornal Público, a acusada, Adélia Barros, foi sentenciada pelo Tribunal de Almada a oito meses de prisão. No entanto, a pena será cumprida em liberdade, sob condições específicas. Ela não poderá cometer o mesmo crime durante quatro anos.

Na condenação, o juiz determinou uma indenização de 14 mil euros (cerca de R$ 85 mil) por danos morais. Além disso, Adélia terá que pagar 2500 euros (cerca de R$ 15 mil) para a associação SOS Racismo. Ela ainda deverá se submeter a uma internação para tratamento contra o alcoolismo. 

Nas redes sociais, o casal compartilhou uma foto em família, na qual mostram eles dando as mãos. Na legenda, os atores celebraram mais uma vitória contra o racismo.


"Há quase três meses a gente celebrava uma vitória contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para que lembremos da herança escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal. Assim como já dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude", começou o casal.

No texto, eles relembraram o caso, que gerou ampla repercussão na época, quando estavam de férias na Costa da Caparica, cidade portuguesa, em 2022. Na ocasião, uma mulher chamou seus filhos de "pretos imundos" pedindo para que eles saíssem do restaurante e voltassem para a África.

"Como todos sabem, no dia 30 de julho de 2022 nossos filhos e uma família de turistas angolanos foram vítimas de racismo quando estávamos de férias da Costa da Caparica. Sim, o racismo não dá férias, mas hoje parece dar uma trégua com mais uma condenação histórica. Esta é a primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequência do racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que são crianças – foi condenada a oito meses de prisão. Logo, estamos muito confiantes na Justiça Portuguesa e somos também gratos aos nossos advogados portugueses Rui Patrício e Catarina Mourão que sempre nos fizeram acreditar que a justiça seria feita", continuou. 

Emocionados, eles finalizaram: "Mais uma vez estamos emocionados, mais uma vez agradecemos a comoção pública e a imprensa brasileira e de nossos amigos portugueses. E mais uma vez devemos dizer que precisamos seguir vigilantes, pois o racismo segue; segue diminuindo, ferindo, matando. E não podemos esmorecer diante dele".