Filho de Cid Moreira acusa o pai de abuso sexual

Roger Naumtchyk é filho adotivo do jornalista, que morreu na última quinta-feira aos 97 anos

Filho de Cid Moreira
Foto: ReproduçãoInstagram
Filho de Cid Moreira


Nesta quarta-feira (9), Roger Naumtchyk, filho adotivo de Cid Moreira, contou sobre os supostos abusos sexuais que ele sofreu nas mãos do jornalista. O cabeleireiro foi adotado aos 14 anos, quando sua tia, Maria Ulhiana Naumtchyk, então esposa dele, pediu para o jovem morar com eles. 


Roger contou à Veja que os abusos começaram quando ele foi morar com o casal. Enquanto ainda era vivo, Cid negava as acusações e dizia estar sendo "perseguido pelo filho com histórias falsas". 

"Depois de uns dois meses morando com ele, voltando para dentro de casa, me deparei com ele fora da sauna completamente nu. Aquela situação me deixou em choque, a gente está falando em 1990. Eu era ingênuo em relação a isso. Subi logo ao escritório. Pouco tempo depois ele começou a dar uns gritos na sauna e desci correndo, achei que ele tivesse se machucado. E aí vi que ele estava se masturbando", contou. 

Segundo ele, os abusos eram frequentes, aconteciam pelo menos três vezes por semana e até os funcionários da casa sabiam.  "Algum tempo depois, comecei a fazer a sauna com ele a seu pedido. Era 24 horas com ele, se ele ia para a Globo, eu ia também. Eu era sua sombra, considerado o carregador de malas, na Globo falavam que eu era ‘garotão do Cid’. Mas ele me tratava como filho. Até que um dia, nessas saunas, ele pediu para que eu passasse a ajudá-lo na masturbação", acrescentou. 

"Para mim, o fato tinha que ter penetração. Não imaginava que aquilo ali já se concretizava um abuso sexual. Estava tão condicionado com aquilo, que não me machucava, não me violentava, eu bloqueava", finalizou.  

Morte de Cid Moreira 

Cid faleceu no dia 3 de outubro, aos 97 anos, no hospital Santa Teresa, em Petrópolis, onde estava internado para tratar pneumonia e peritonite, além de lidar com insuficiência renal crônica que o obrigou a fazer hemodiálise nos últimos três anos.