Juliana Baroni fala de tensão em últimos momentos de Paquitas: 'Saímos como traidoras'

Ex-assistentes de palco foram convidadas do "Conversa com Bial" da última quarta (18)

Juliana Baroni no 'Conversa Com Bial'
Foto: Reprodução: TV Globo
Juliana Baroni no 'Conversa Com Bial'

As artistas  Juliana Baroni, Stephanie Lourenço e Bárbara Borges foram as convidadas da última edição do "Conversa Com Bial" , que foi ao ar na última quarta (18). As ex-paquitas foram ao programa e divulgaram o documentário "Para Sempre Paquitas" , disponível do Globoplay. Elas revelaram alguns dos momentos de maior tensão a respeito da saída da atração comandada por Xuxa Meneghel.

A obra estreou na última segunda (16) e já deu o que falar. De acordo com revelações feitas por Baroni, a demissão em massa das ex-assistentes de palco de Xuxa se deu por conta do livro "Sonhos de Paquita - Nos bastidores do Xou", escrito por João Henrique Schiller e lançado em 1996.

O ex-diretor do programa deixou que as jovens do "Xou da Xuxa" desabafassem no livro e falassem de assuntos delicados, entre eles a pressão que sofriam por Marlene Mattos, ex-empresária da apresentadora.

"O documentário é a oportunidade de contar melhor essa história 30 anos depois, com distanciamento, maturidade e com leveza, se é que é possível dizer isso. Foi uma catarse para a minha geração de Paquitas", explicou Baroni

Saída como traidoras

"Teve muito mal-entendido por causa do livro. Até a própria Xuxa achava que a gente estava querendo destruir a carreira dela", relatou ela. "Saímos meio como traidoras da história e foi pesado isso. Quando entrei no palco pela última vez para passar o bastão para a nova geração, foi um dos piores dias da minha vida", lamentou.

Troca de paquitas foi marcada por muita emoção

Juliana Baroni se recordou de um momento especial com Bárbara Borgens: quando a primeira foi substituída pela segunda. Na entrevista, ela falou um pouco mais a respeito desse dia.

"Estava me concentrando para entrar, estava muito triste! E a Bárbara estava na outra fila das que iriam assumir o posto. Olhei para a Bárbara me segurando para não chorar e ela já estava chorando muito!", iniciou.

"Eu meio ressentida perguntei por que ela estava chorando. E ela muito carinhosa, cheia de sororidade, me respondeu: 'Estou chorando porque estou muito feliz de ser paquita, mas eu sou fã de vocês e estou sofrendo'", detalhou.

Histórico racista

A artista Stephanie Lourenço não participou da mesma geração que as colegas. No entanto, ela deu sua opinião sobre como as ex-assistentes de palco era um símbolo que pertencia apenas àqueles que se pareciam com as Paquitas.

"Tem um lado que causou dor em crianças naquela época, que feriu muito a autoestima de crianças ali, que foi a falta de representatividade. Nosso grupo também virou sinônimo disso. Era um padrão estético extremamente racista", repudiou.

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