Felipe Prior, de 32 anos, se tornou réu em mais um caso de estupro. A Justiça de São Paulo aceitou uma denúncia movida pelo Ministério Público. O ex-BBB, influenciador digital e arquiteto já tinha sido condenado por outra acusação de estupro, que teria sido cometido em 2014.
Segundo o "g1", que teve acesso ao relatório do MP, o episódio ocorreu em fevereiro de 2015. À época, o acusado estava em Votuporanga, São Paulo, e teria estuprado uma mulher em uma barraca. Em depoimento, Prior confirma que se relacionou sexualmente com a mulher, mas afirma que a relação foi consensual.
"No dia dos fatos, o acusado passou a beijar e a passar as mãos pelo corpo da vítima quando estavam na piscina, na presença de outras pessoas, o que deixou a ofendida constrangida, de modo que saíram dali e foram para uma barraca", diz o Ministério Público no relatório, de acordo com o "g1".
"Na barraca onde a vítima dormia, sendo que a vítima estava de biquíni e o acusado de sunga, este foi rapidamente tirando sua roupa e forçou a cabeça da ofendida contra seu pênis para que ela fizesse sexo oral, sendo que o pênis do acusado chegou a tocar na boca da vítima. A vítima imediatamente falou que não queria e empurrou o acusado. Contudo, aproveitando-se de sua força física, de seu peso e de seu tamanho, o acusado deitou a vítima e deitou-se sobre ela, colocando apressadamente uma camisinha no seu pênis. A ofendida disse não, que não iria transar com o acusado, sendo que ele não a ouvia e usou a força do peso do corpo dele, a configurar a violência, mantendo a ofendida imobilizada, para penetrar seu pênis na vagina da vítima, que sentiu dor, diante da total ausência de lubrificação", acrescenta o relatório da instituição.
A reportagem do iG Gente tentou contato com a defesa de Felipe Prior, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto caso o ex-BBB se manifeste.
MP
O Ministério Público comentou a acusação da vítima, cuja identidade não foi revelada, e ainda rebateu os argumentos de que a mulher havia inventado a história por "ciúmes" de Felipe Prior.
"Não obstante, a materialidade, ou seja, a existência do fato, assim como a autoria, ficou demonstrada pela prova oral coligida, especialmente pelo seguro depoimento da vítima e pelo interrogatório do réu, que não negou ter mantido conjunção carnal com a vítima", pontuou o MP.
"O réu tenta fazer crer que a vítima teria inventado os fatos porque ficou enciumada por ele ter ficado [com outra mulher] no mesmo dia e até o final do evento carnavalesco. [...] os fatos somente foram revelados pela ofendida anos após o ocorrido, depois que a vítima tomou consciência efetiva de que tinha sido vítima de estupro e que não teve qualquer culpa pelo ocorrido. Se ela quisesse inventar os fatos para prejudicar o réu, por ter se sentido enciumada, ela teria feito isso naquela oportunidade", detalhou.
Acusação anterior
Vale lembrar que esta não é a primeira acusação de estupro contra o ex-BBB Felipe Prior. O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o arquiteto pelo crime de estupro. A pena estipulada foi de oito anos em regime semiaberto. O caso no qual Prior foi condenado ocorreu em 2014, ano em que ele deu carona para uma vítima depois de uma festa universitária. Na ocasião, Felipe teria estuprado a mulher, que estava alcoolizada, no banco de trás de seu carro.
Quem é?
Arquiteto e influenciador digital, Felipe Prior ganhou fama após participar do "Big Brother Brasil 2020". O rapaz esteve no maior paredão da história do reality contra a cantora e compositora Manu Gavassi , que foi rival declarada dele durante o programa global. Durante o confinamento, ele se envolveu com Gizelly Bicalho, que está no Paiol de "A Fazenda 16".