Armie Hammer fala de acusações de canibalismo em entrevista: 'Absurdo'

O ator participou do podcast Painful Lessons, comandado por Tyler Ramsey

Armie Hammer
Foto: Getty Images/David Livingston
Armie Hammer


O ator Armie Hammer , de 37 anos, que havia desaparecido dos holofotes após surgirem acusações de canibalismo e abuso sexual, falou em entrevista ao podcast Painful Lessons, apresentado por Tyler Ramsey , que foi ao ar neste domingo (16) no YouTube.

Durante a conversa, Hammer revelou sua gratidão pela avalanche de ódio que sofreu e classificou as acusações de canibalismo como 'absurdas'. "O que quer que as pessoas tenham dito, seja lá o que tenha acontecido, agora estou em um ponto da minha vida em que sou grato por cada pedacinho disso", afirmou ele, mencionando que aprendeu a se amar mais depois de enfrentar tanto ódio nas redes sociais.


Acusações

"Foram 3 anos e meio de lições dolorosas, de conhecimento e foi muito difícil. No começo, aprendi a aceitar e lidar com o que estava acontecendo. É como se eu não pudesse criar mais dor e danos a mim, a meus filhos. Parecia que eu estava em um furacão. Mesmo eu querendo rebater, sair e gritar: 'isso é loucura! O que é isso que todos estão dizendo?!'", relatou, referindo-se às acusações de canibalismo.

"Sim, [acusações de] que eu era um canibal! Agora posso olhar pra isso, com um certo distanciamento, e pensar: isso é hilário! Me chamaram de canibal e todo mundo acreditou! 'É aquele cara comeu pessoas'. O quê?! O que você está falando?! Foi bizarro", continuou Hammer.

O ator também refletiu sobre como o tumulto o transformou em uma pessoa melhor. "Apesar de tudo que disseram, sou mais grato por tudo. Não me sentia bem naquela época da minha vida nem feliz comigo mesmo, sem autoestima, sem me dar amor. Eu era um buraco negro, independentemente de elogios, de adoração dos fãs. E essa chavinha mudou com muito ódio, uma crise espiritual e emocional. E olhei por esse lado: posso deixar isso me destruir ou posso aprender com isso. Mas foi horrível e não desejaria isso para o meu pior inimigo."

"E outra: se você está confortável, apenas existindo, e tudo é fácil, você se torna vitela, mole, uma coisinha delicada. Mas quando uma bigorna cai na sua cabeça, aí é quando você acorda", filosofou ele, descrevendo sua 'cura pela dor'.

"Estou feliz que minha morte não foi física. Foi como se uma bomba tivesse matado todas as pessoas, me matado, matado meu ego, as pessoas ao meu redor - que eu pensei que eram meus amigos e não eram - todas desapareceram em um flash. Mas o prédio ficou de pé e aqui estou eu."

"Há um processo de autoexploração e crescimento que vêm da dedicação de se recuperar. Tem que fazer o trabalho doloroso para que a recuperação tenha efeito. Eu faço muitas coisas estúpidas, especialmente se for no calor do momento. Meu primeiro pensamento é sempre errado. Meu primeiro instinto sempre vai me colocar em problemas. Se faço merda de novo, eu vou ter uma dolorosa lição pra aprender. Eu nunca vou ser um mestre zen. Pode ser que eu demore 40 anos pra ter minha vida sobre controle, não sei", comentou ele.

Hammer já admitiu que 'tratou mulheres da pior maneira' no passado, mas sempre negou categoricamente ter abusado sexualmente de qualquer uma delas. Durante a entrevista ao Painful Lessons, o assunto não foi abordado.