O guitarrista Roger Moreira chegou a um acordo com a Promotoria da Infância e Juventude de São Paulo. Como parte da decisão, ele se comprometeu a usar suas redes sociais para conscientizar sobre o combate ao abuso sexual infantil. Além disso, ele terá que pagar R$ 60 mil como compensação por danos morais difusos.
O vocalista do Ultraje a Rigor, assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para encerrar uma ação movida pelo Ministério Público de São Paulo. A ação foi iniciada após o músico ter feito críticas a uma menina de 11 anos que engravidou em consequência de um estupro. O caso, que ocorreu em Teresina, no Piauí, veio à tona pela imprensa em setembro de 2022.
À época, Roger insinuou que a vítima poderia ter prevenido o ato violento que sofreu e aconselhou a menina a usar preservativo. "Agora vê se para de meter. Ou pelo menos usa a camisinha, porra", foram as palavras do músico. Posteriormente, após receber críticas, ele justificou que havia feito uma "piada com a desgraça alheia" e declarou que não se deixaria ser "pautado pela esquerda".
Roger agora tem a obrigação de fazer 14 postagens, divididas em dois lotes, nas redes sociais X (antigo Twitter) e Facebook. Cada lote consiste em uma postagem diária por sete dias consecutivos.
As postagens, definidas no TAC, devem abordar a prevenção da violência sexual contra menores de 18 anos, incluindo incentivo à denúncia, sinais de vítimas e avanços na legislação. No entanto, a data para as postagens não foi determinada.
Além disso, Roger deve compartilhar um link para o Guia Operacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do NAT. Ele também concordou em pagar uma multa de R$ 60 mil, que será destinada ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.