Jojo Todynho conta que foi vítima de racismo em blitz

A cantora explica que foi abordada por estar com carro blindado: 'O cara numa arrogância e eu estava de boas'

Jojo Todynho sobre racismo: 'O fato da gente ser preta e ter uma condição não isenta a gente de sofrer racismo e qualquer outro preconceito, porque as pessoas são ruins.'
Foto: Reprodução/Youtube
Jojo Todynho sobre racismo: 'O fato da gente ser preta e ter uma condição não isenta a gente de sofrer racismo e qualquer outro preconceito, porque as pessoas são ruins.'


A cantora Jojo Todynho disse que foi vítima de racismo em uma blitz quando voltava da academia. Ela afirmou que foi questionada por estar de carro blindado e logo, se defendeu diante do ocorrido. 

Durante uma entrevista ao podcast "Pod Fazer Mais", apresentado por Patrícia Ramos, a apresentadora começou a falar de questões raciais. Nisso, Jojo contou um episódio que presenciou uma atitude racista: "Olha o que aconteceu: blitz. Falei 'tudo certo, está tudo bem, habilitação, documento do carro, vistoria'. O cara numa arrogância e eu estava de boas. Dei os documentos tudo, direitinho, ele virou para mim e falou assim 'ué, mas você pode andar de carro blindado?'", relembrou. 

Em seguida, Jojo falou que respondeu o homem do melhor jeito possível. "Pensei 'tenho que falar de uma forma que não possa ser presa' e falei de uma forma bem arrogante: 'eu posso ter um blindado, quem não pode é você, que é assalariado'."

A cantora fez uma análise e desabafou sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas negras na atualidade. "Depois a gente é chamada de arrogante. Ele não tem que questionar se estou andando de carro blindado. O fato da gente ser preta e ter uma condição não isenta a gente de sofrer racismo e qualquer outro preconceito, porque as pessoas são ruins. Mas você, toda vez que tiver um ato racista, pense duas vezes em fazer comigo. Por que, meu amor, você vai odiar conhecer a nova versão de doutora Toddy", explicou.

Jojo, em outra parte do programa, afirmou ser uma pessoa direta em suas palavras e que não deixa desaforo. "É apanhando que se aprende e as pessoas só batem na gente porque elas têm vida anônima. Eu queria ter o dinheiro que eu tenho, mas não ter fama. Eu sou uma pessoa muito reativa, se você me atacar eu vou te atacar".

Alguns internautas comentaram  no vídeo que se sentiram representados durante o podcast. "Duas mulheres, negras e inspiradoras! Eu vim assistir por elas e pela representatividade que cada uma carrega e que nos inspiram.", disse uma fã,  "Muito orgulho dessa representatividade!!! Vocês são todas nós!", comentou outra.