Esposa de Erasmo Carlos critica parentes no velório:'Pessoas Mórbidas'

As cinzas do cantor foram jogadas no mar do Rio de Janeiro

Esposa de Erasmo Carlos desabafa sobre velório do cantor
Foto: Reprodução/Instagram
Esposa de Erasmo Carlos desabafa sobre velório do cantor

Fernanda Passos  compartilhou um desabafo nas redes sociais nesta quinta-feira (24) após o velório do marido, Erasmo Carlos, que morreu na terça-feira . No texto, ela criticou a presença de alguns parentes na cerimônia.

A viúva do cantor relatou a experiência de jogar as cinzas do marido no mar do Rio de Janeiro. "Nenenhô! Você sentiu a brisa do mar? A água gelada bater e levar nossos nomes? Você tava aonde? Comigo? Em mim? Na varanda me olhando? Me sinaliza pra eu não morrer de desespero! Do palco você sempre queria saber onde eu estava sentada para olhar na minha direção.", começou.


Ela seguiu admitindo que está com medo de esquecer o relacionamento dos dois. "Eu tô desesperada, estou com medo de esquecer dos detalhes da gente, amoooor! Meu cérebro há muito só funcionava para guardar o que era importante pra te cuidar e fazer feliz, e se eu não guardei na memória o que é realmente importante pra agora?".

Fernanda criticou a presença de parentes da família do cantor no velório, que aconteceu para amigos próximos e familiares. "Vido, a gente não se poupava! O papo era direto, reto, constante. Ontem sofri, além da sua perda, a maior violência que jamais imaginei daqueles parentes que a gente sabia que apareceriam! Sua família éramos seus filhos, seus netos, suas noras, seus parceiros da estrada, seus médicos, a minha família que eu ensinei a te amar, e eu! Você sempre foi tão digno, tão maravilhoso, tão grandioso, tão respeitador!", disse ela.

A pedagoga ainda falou da mãe de Erasmo Carlos. "Que baita orgulho da sua mãe! Olha o que ela fez sozinha! Uma mulher! Ela não tinha fragilidade, não? Olha esse filho! Meu bem, ninguém pode ser leviano assim comigo nesse momento. Já disse e repito: Dor não se compara, o buraco é escuro, frio, a queda é livre e não tem fundo. Eu descrevi para essas pessoas mórbidas que queriam um ingresso para te ver deitado o que eu vi e vivi você encarar brava e humildemente! A violência que foi esse acidente aos berros!", continuou.

"Eu não queria que ninguém te visse, te tocasse, te encarasse assim! Mas eu deixei você me guiar e sua voz no meu ouvido: 'Deixa pra lá, meu bem! Finge que não ouviu, eu quero viver em paz. Eu só quero paz.' Que orgulho da sua sabedoria! Você soube se preservar e eu quero manter te preservando", completou ela.

Por fim, Fernanda escreveu: "Meus 1,62m eram incapazes de fazer o que eu gostaria pelos seus 1,86m. Mas eu me muni das minhas armas e fui. Minhas armas eram o meu amor incondicional por você e a música. Uma guerra assistida e solitária! Daqui a pouco as pessoas vão retomar a vida, vão me esquecer e deixar de falar de você, mas eu vou continuar lutando", concluiu.