10 motivos mostram que 'Todas As Flores' é melhor que 'Travessia'

As duas produções da Globo estrearam na mesma época e o público já pede que a novela do Globoplay substitua a da TV aberta.

Trama envolvente desde o primeiro capítulo

A trama central de "Todas As Flores" cativa desde o começo. Com a morte do pai, Maíra (Sophie Charlotte) vai morar com a mãe Zóe (Regina Casé), que reaparece com a proposta de recuperar o tempo perdido com a filha. A mulher se passa de boazinha para a Maíra, mas revela a verdadeira índole ao mostrar que vive dando golpes para enriquecer. Deste modo, o telespectador, de início, já dúvida do amor da mãe e quer descobrir o real motivo do reencontro. Vanessa (Leticia Colin) é a irmã de Zóe e também mostra ser daquelas vilãs sem dó, nem piedade. A personagem sofre de um câncer e mostra que, nem a doença, fez ela ver a vida de uma maneira mais leve e altruísta. As características animam o público, que quer ver até onde ela pode chegar.

Reprodução/Globoplay

Trama sem força

Já "Travessia" não despertou tanto a curiosidade dos telespectadores. O primeiro capítulo foi envolvente, mas, depois, parece que a história esfriou, principalmente o enredo central. A falta de foco da novela na protagonista Brisa (Lucy Alves) e os furos do roteiro fizeram com que o público não comprasse a novela.

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Roteiro amarrado em todos os núcleos

"Todas As Flores" tem diversos núcleos, mas todos eles apresentam uma história amarrada de ponta a ponta e têm uma função no enredo. Deste modo, a novela, por mais que traga tramas nada corriqueiras, é crível.

Roteiro furado

"Travessia" é criticada pelo roteiro furado. Além de ter personagens que parecem que não fazem diferença para a novela, como o professor Monteiro (Ailton Graça), o enredo dá uma forçada para que as coisas aconteçam. Um exemplo é Brisa, uma usuária das redes sociais, ficar tanto tempo desaparecida, vítima de fake news. Mesmo sem o celular, ela poderia pegar emprestado o aparelho de outra pessoa e se comunicar com a família e amigos nas redes.

Reprodução/ Divulgação/ Globo

Casais apaixonantes

"Todas As Flores" se sai bem quando o assunto é romance. O casal protagonista Maíra e Rafael (Humberto Carrão) é romântico e traz o amor de uma maneira sensível. Além deles, Vanessa e Pablo (Caio Castro) fazem sucesso com o público pela química e sintonia.

Casais fracos e pouco valorizados

"Travessia" apostou em dois casais para o núcleo central: Ari (Chay Suede) e Chiara (Jade Picon) e Brisa e Oto (Rômulo Estrela). O primeiro deixa a desejar quando o assunto é romance e química, já que é óbvio que o maranhense está com a carioca pela vida de luxo que ela proporciona a ele. Além disso, os telespectadores se irritam com o fato de Ari trair Brisa com Chiara e ainda achar que não está errado. Brisa e Oto até formam um bom casal, apresentam química, paixão e sintonia. Mas a relação entre os personagens ainda foi pouco explorada na novela.

Divulgação/ Globo

Vilãs que agradam

Zóe e Vanessa são apresentadas como vilãs desde o primeiro capítulo e conquistam os telespectadores. Além de dissimuladas e repletas de maldade, as duas são engraçadas e carismáticas.

Vilania confusa não conquista o público

Glória Perez, autora de "Travessia", quis trazer a dubiedade do ser humano ao colocar vilões que mostram o lado bom, e nem sempre são tão ruins assim. Tanto que o público fica em dúvida de quem é realmente o vilão da história. Guerra (Humberto Martins), por exemplo, tenta matar a noiva - após uma traição -, rouba a filha dela e priva o verdadeiro pai (Moretti) de saber da existência dela. Mas também é um pai dedicado e carinhoso e mostra a dor de ter sido traído pelo amor da vida. Moretti (Rodrigo Lombardi) e Ari são outros personagens ambíguos, que mostram características de vilões. No entanto, ao invés de instigarem o telespectador, eles irritam pela confusão.

Globo/Ellen Soares

Temas polêmicos tratados com cuidado e delicadeza

"Todas As Flores" traz temas polêmicos para a trama como deficiência visual, leucemia e tráfico humano. Até agora, eles vêm sendo tratados com delicadeza e cuidado. Na questão da deficiência, o autor João Emanuel Carneiro busca mostrar que ela não afeta a identidade e a individualidade das pessoas.

Forma que fake news é tratada é criticada na web

"Travessia" se baseia nas fake news. Mas a forma que o tema é tratado gerou algumas críticas, pelo fato da autora tratar o crime, apenas, como uma brincadeira de adolescente. Internautas lembram que as fake news vão além e, muitas vezes, são elaboradas, propositalmente, para desinformar o leitor.

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