Ex-BBB Eslovênia relata apoio de Lucas para lidar com doença autoimune

Ex-participante da 22ª edição do reality sofre de alopecia areata e também cita ajuda de Laís Caldas

Eslovênia e Lucas se conheceram no 'BBB 22'
Foto: Reprodução/ Twitter
Eslovênia e Lucas se conheceram no 'BBB 22'


Para quem acha que vida de ex-BBB é só curtir a fama e a vida de celebridade, não é bem assim. A rotina corrida de muitos deles demanda cuidados que vão do dedinho do pé até o último fio de cabelo. Nas últimas semanas, Eslovênia Marques, que esteve no “Big Brother Brasil 22”, contou aos seguidores que descobriu que está com alopecia areata. Trata-se de uma doença autoimune que provoca queda de cabelo e normalmente está relacionada a estresse e fatores emocionais, que desencadeiam o quadro.

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— Fui ao salão para a minha rotina de tratamento do cabelo, e o cabeleireiro se confundiu , achando que eu estava com um sinal — conta ela, que naturalmente teve uma reviravolta na vida neste ano, depois da fama: — Isso é muito maluco. É tudo novo. A gente sai do reality e vai para outra dimensão. Voltei para a faculdade (de Marketing). Então, além meu trabalho, tenho o dia a dia dos estudos. Junta tudo e acabo ficando muito ansiosa.


Eslô tem consulta marcada com um especialista nesta semana para começar a fazer uso das medicações adequadas. Inicialmente, a nordestina se assustou com a queda de cabelo, mas logo enviou uma foto para o seu médico, que a tranquilizou, assim como a colega de “BBB” Laís Caldas, que também é dermatologista.

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— No dia em que eu postei falando do diagnóstico, ela veio falar comigo, fofa. Depois nos encontramos, ela deu uma olhadinha e me explicou como é — diz Eslovênia.

Laís, aliás, chegou a gravar um vídeo sobre a doença em suas redes sociais, logo depois da cerimônia do Oscar deste ano. Na ocasião, o ator Will Smith deu um tapa no comediante Chris Rock por ter feito uma piada sobre a careca de sua mulher, Jada Smith, que tem o mesmo tipo de doença, porém, com uma queda bem mais significativa dos fios.

“O cabelo pode crescer novamente, porque a doença não destrói o folículo piloso. Apenas mantém esses folículos inativos”, detalhou Laís no vídeo sobre o tema.


Namorado de Eslô desde o “BBB 22”, Lucas Bissoli é estudante de medicina e também apoiou a amada.

— Ele entende muito o que eu passo nessa nova realidade, da correria. Na relação, sempre tem aquela pessoa que é mais agoniada e outra mais calma. Ele me transmite tranquilidade — explica a ex-BBB, que recentemente fez uma brincadeira com Lucas nas redes, fingindo que estava grávida, e acabou estressada: — Dias depois achei que estivesse mesmo (grávida). Fomos fazer o teste. Eu nervosa, e ele rindo (risos).

Cuidados com a alopecia

Além de medicamentos, não há terapia cientificamente comprovada para o tratamento. A não ser o próprio acompanhamento psicológico. Assim, o estresse que foi um gatilho para a doença não vira um fator de piora, a partir do impacto que a perda de cabelo gera na autoestima. Um dever de casa que Eslô tem feito:

— Sou adepta da terapia há muito tempo, antes do “BBB”. Sempre cuidei da minha saúde mental. Vou ter também um acompanhamento profissional neste quesito.

A dermatologista Paula Tommaso, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e professora do Instituto de Dermatologia da Santa Casa do Rio de Janeiro, alerta:

— Se perceber uma falha diferente do padrão, procure direto um dermatologista. Tem casos em que a pessoa vai atrás de uma terapia capilar e com isso perde tempo até chegar ao diagnóstico. O quanto antes começar o tratamento, a chance de recuperação é melhor. Examinamos com uma lupa, o dermatoscópio.

A médica explica ainda que alopecia é um termo geral para queda de cabelo. A famosa calvície é conhecida tecnicamente como alopecia androgenética e nada tem a ver com a doença de Eslô e Jada, por exemplo. Há ainda outras alopecias cicatriciais, que deixam cicatrizes no couro cabeludo e não permitem a recuperação dos fios. No caso da areata, há melhora com o tratamento.

— Alguns casos são mais resistentes e demorados, precisando de mais medicações, o que pode gerar efeitos colaterais. É importante que o paciente entenda que tem uma doença inflamatória no couro cabeludo, mas que isso não representa risco algum para a vida, não vai evoluir para outros órgãos — completa Tommaso, que também aponta para situações mais simples: — Em casos pequenos e iniciais, com uma bolinha e nenhuma outra região acometida, em três meses de tratamento já se vê mudança.

Eslô provavelmente precisará abrir mão de alguns recursos estéticos ao começar o tratamento, como o mega hair e a chapinha.

— O mega hair não é indicado, porque a tração pode piorar o quadro, pelo menos na fase inicial. Cuidados no cabeleireiro devem ser redobrados, porque o paciente não pode correr o risco de ter outra intercorrência no fio, uma vez que já tem a areata. Se ela faz luzes, isso pode gerar uma quebra nos fios e ser um somatório de problemas. Mas não é nenhuma química que provoca a doença — afirma a médica, que viu um aumento significativo de pessoas com alopecia após a pandemia.

Outras dúvidas

Há outros sintomas?

Não. A alopecia areata não provoca outros sintomas, como dor, vermelhidão ou coceira. Muitas vezes é outra pessoa quem percebe a plaquinha quando ela não está em uma área visível.

Existe exame preventivo?

Não há como prever a manifestação da doença antes do sintoma. No entanto, quem já teve a doença é mais suscetível a apresentar de novo e deve voltar ao dermatologista para exames periódicos de vigilância dos sintomas.

Existe queda total?

Sim, a doença pode provocar queda total dos fios do couro cabeludo e também de qualquer parte do corpo.

Tipos de medicação

Há remédios de via oral, injeções, infiltrações e até imunossupressores.

Sem estresse

Menos comuns, existem casos não relacionados a fatores emocionais.

+ O "AUÊ" é o programa de entretenimento do iG Gente. Com apresentação de Kadu Brandão e comentários da equipe de redação, o programa vai ao ar toda sexta-feira, às 12h, no YouTube, com retransmissão nas redes sociais do portal.