Vocalista do Biquíni Cavadão comenta recuperação após cirurgia

Bruno Gouveia retirou um tumor maligno da pálpebra

Foto: Reprodução/Montagem - 19.05.2022
Bruno Gouveia retirou tumor da pálpebra direita


Vocalista do Biquíni Cavadão, Bruno Gouveia passou por uma cirurgia na última quarta-feira, 18, para retirar um tumor maligno da pálpebra. O susto foi grande, ele conta, mas já está tudo bem. O músico está em casa, se recuperando bem, e não precisou mexer com a agenda de shows da banda. Nesta sexta-feira, por exemplo, dia 20 de maio, eles farão um show na Via Music Hall, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

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— O mais importante é que não precisei cancelar nada, adiar nada, está tudo certo — afirmou ele em entrevista ao EXTRA.


A informação sobre a cirurgia foi dada pelo blog do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, na própria quarta-feira. Ontem, quinta-feira, já em casa, Bruno contou como está sendo a recuperação.

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— A minha recuperação, graças a Deus, está sendo boa. Saí (da cirurgia) com o tampão. Precisei dar só três pontos na pálpebra — disse ele, que, momentos antes, tinha tirado o tampão e detalhou: — Parece que eu levei um soco do Mike Tyson no rosto, está tudo bem roxo.

Sobre a agenda de shows, Bruno afirmou que está apto a subir ao palco, mas, por enquanto, com algum cuidado:

— Mas eu estou apto para fazer os shows, apto a cantar, não preciso do olho para cantar. Mas é claro que também não vou exagerar (no palco), pulando do jeito que eu pulo normalmente. Vou fazer meus shows deste fim de semana um pouco mais comedido e depois conforme o progresso (da recuperação) a gente vai se soltando. Mas a perspectiva é de rapidamente a gente voltar à normalidade.

Bruno contou que, incialmente, achou que tratava-se de uma espinha na pálpebra. Depois, achou que era uma verruga. Mas, após ir à oftalmologista, ouviu que poderia ser um tumor. Ele lembra:

— Era como se fosse apenas uma verruga. Inicialmente, achei que era uma espinha na pálpebra, mas depois percebi que não era bem isso. Então, fui à oftalmologista: "Putz, estou com essa verruga aqui, o que eu faço?". Aí ela virou para mim e falou: "Olha, tecnicamente isso é um tumor, preciso que você vá procurar um oncoplasta", e explicou que teríamos que fazer uma cirurgia específica para pálpebra. E eu fui. Quando cheguei lá que fui me dando conta do que estava acontecendo, ao ouvir: "Olha, não sei te dizer se isso aqui é realmente benigno, existe uma chance de não ser, melhor chamar uma histopatologista para acompanhar a operação porque, se for maligno e dependendo do grau, vai ter que retirar um pedaço grande da pálpebra". Ali eu fiquei realmente assustado. Mas, por outro lado, eu fui me acalmando porque me disseram: "Olha, fora a questão de estética, que vamos ter que reparar, não tem quimioterapia, radioterapia associada, nada disso. Tirou, tirou. Acabou. A chance de uma recidiva é muito pequena. Mas foi bom você ter procurado".

Bruno conta também como foi o processo entre a descoberta do tumor maligno e o dia da operação:

— No período entre ter que fazer um preparo, um exame para o risco cirúrgico, foram acontecendo muitas coisas na minha vida, tivemos dois períodos de feriado, e eu não consegui (ir fazendo o que era necessário), isso tudo foi atrasando. E quanto mais atrasava, mais crescia (o tumor) e mais preocupava. E aí eu fui ficando realmente angustiado.

O vocalista do Biquíni Cavadão ainda detalha como foi a cirurgia:

— No dia, na mesa de operação, ela (a médica) falou: "Olha, não precisa tirar mais nada. Já tiramos". Eu perguntei: "Então é benigno?". E ela: "Não, é maligno, mas é um tipo de tumor em que tivemos a condição de fazer uma retirada muito cautelosa e saiu exatamente o que a gente precisava. Portanto, não precisou fazer uma escavação ainda maior. Com isso, o resultado foi perfeito".

Bruno conta que o ponto positivo que ele tira de todo esse processo é o fato de ter passado a dar mais atenção a si mesmo:

— O grande ponto aqui, e que eu gostaria de deixar claro, que para mim é a coisa mais legal dessa história, o ponto positivo, é que (com uma descoberta assim, de um tumor maligno) você para para prestar mais atenção em você nessas horas. Era algo que estava na minha cara, eu lá fazendo selfie todo dia, eu olhando para aquilo e vendo que estava crescendo, que tinha que cuidar. Cuidei, e descobri rápido porque estava no meu rosto. Mas isso me fez pensar sobre quantos exames a gente tem que fazer para justamente verificar se estamos tendo crescimentos anormais em outras partes do corpo. Mulheres que precisam fazer exames nos seios, homens que precisam fazer exames de próstata, colonoscopia... E tantas outras coisas. Somente quando você passa um susto desse é que você começa a prestar atenção no quão importante é você ter cuidado com o seu corpo.