Relembre quando um dos golpistas mais famosos da história do Brasil enganou celebridades na cidade pernambucana e ainda foi pego pela Polícia Federal no mesmo dia.
Marcelo Nascimento da Rocha, mais conhecido como Marcelo VIP, nasceu em março de 1976 na cidade paranaense de Maringá. Ele aplicou golpes entre 1990 e 2000, quando se passou principalmente pelo empresário Henrique Constantino, um dos co-fundadores da companhia aérea GOL.
Além de diretor da companhia, Marcelo protagonizou crimes de estelionato enquanto fingia ter outras identidades, como guitarrista da banda Engenheiros do Hawaii, repórter de televisão, DJ e mais. Tudo isso para ganhar prestígio e conseguir vantagens entre os famosos, assim como conseguiu no Carnaval de Recife.
Em 2001, o golpista assumiu novamente a identidade de Henrique Constantino para participar de uma festa de Carnaval da época, a "Recifolia". Ele chegou ao evento de helicóptero acompanhado de seguranças, com objetivo de enganar Edson Sá, dono do camarote que lhe deu o acesso VIP para a celebração.
O evento contava com a participação de diversas celebridades, como Marcos Frota, Maria Paula, Carolina Dieckmann, Joana Prado e o apresentador Amaury Junior. O ator Ricardo Macchi o apresentou para outros famosos, mas Marcelo foi esnobado até revelar falsamente que era diretor da companhia aérea.
O próprio Amaury Jr. havia esnobado o golpista, mas a situação mudou quando Marcelo afirmou ser o empresário. O apresentador, que realizava a cobertura de mídia do evento, chegou até a entrevistar o golpista durante a festa. Enquanto tinha destaque em rede nacional, o impostor falava com propriedade sobre a companhia aérea.
Porém, a fama nacional durou pouco. Após curtir o Carnaval de Recife, Marcelo se reuniu com o próprio Amaury, Marcos Frota e Carolina Dieckmann e alugou um jatinho para voltar ao Rio de Janeiro com as celebridades. Chegando ao Aeroporto Santos Dumont, ele chamou a atenção da Polícia Federal e foi preso, deixando os famosos que o acompanhavam chocados.
Marcelo foi condenado a 34 anos de prisão por estelionato, mas desde 2014 responde aos crimes em regime semiaberto. A história do golpista no Carnaval é retratada no filme “VIPs: Histórias Reais de um Mentiroso” (2010), que explora a trajetória do impostor trazendo Wagner Moura como protagonista.