Maju Coutinho rebate cobrança para ser mãe: "pergunta machista"

Jornalista também disse ter preguiça das redes sociais

Foto: Reprodução/Instagram
Maju Coutinho fala de carreira, redes sociais e pressão para ser mãe

No fim do ano passado, Maju Coutinho se mudou em definitivo para o Rio. Enquanto não encontra um novo lar na cidade, a jornalista e apresentadora, de 43 anos, está hospedada com o marido, o publicitário Agostinho Paulo, num flat da Zona Sul. Atualmente à frente do "Fantástico", ela já se sente quase uma carioca.

"A praia está se tornando uma rotina no meu dia a dia. Tenho andado com frequência no calçadão. Adoro ver os idosos superativos caminhando e os esportes coletivos para todas as idades. O Rio é uma cidade que te empurra para essa vida ao ar livre", diz Maju à "Veja Rio".

Maju fala também que nunca se deslumbrou com o sucesso alcançado nos últimos anos por ela, neta de uma empregada doméstica e filha de professores, criada na da Zona Leste de São Paulo.

"Faço terapia desde a época da faculdade e, com ela, aprendi a tirar o peso excessivo das situações. Brinco que a gente carrega uma mochila com determinadas pedras. Em alguns momentos, são inevitáveis. Em outros, desnecessárias. A terapia ajuda a removê-las e a levar a vida de uma maneira mais leve", conta.

Mesmo com mais de 1, 5 milhão de seguidores no Instagram, a apresentadora revela ter preguiça das redes sociais:

"Confesso que tenho uma certa preguiça das redes sociais. Acho muito arriscado essa coisa de exibir só um recorte da vida, essa aura de glamour que imprimem ali, especialmente em um país desigual como o nosso, com tanta gente passando fome. É uma vida irreal, editada pró-felicidade. A realidade não é assim. É feita de altos e baixos, é complexa, é preta, branca e cinza".

Há seis anos, Maju Coutinho decidiu congelar os óvulos, caso decida ser mãe no futuro. Mas a jornalista faz questão de rebater a pressão que existe sobre as mulheres em torno do tema:

"Considero uma pergunta machista. Não vemos essa mesma questão levantada para os homens. É uma cobrança do feminino, como se fosse uma obrigação nossa: tem de ser assim. Não digo que eu não vou ter filhos, que eu não possa adotar. Não é um assunto fechado para mim, tanto que congelei meus óvulos aos 37. Mas acredito que, falando abertamente disso, podemos reduzir um pouco a pressão sobre a mulher".