Âncora do "Jornal Nacional" já se opôs ao governo publicamente diversas vezes e causou revolta no presidente e apoiadores
A tensão entre William Bonner e os apoiadores do governo Bolsonaro ganhou um novo capítulo. A Justiça negou um pedido de prisão feito pelo advogado Wilson Issao Koressawa. O autor realizou o pedido porque Bonner incentiva a vacinação contra Covid-19. Na decisão, a juíza falou que “o Poder Judiciário não pode afagar delírios negacionistas".
Quando o aplicativo do SUS foi hackeado, William Bonner tentou usar o aplicativo ao vivo para provar que ele não estava funcionando, ao contrário do que afirmava o Ministério da Saúde.
Em 2020, o governo mudou o horário da divulgação dos números relacionados à pandemia da Covid-19. Na ocasião, Bolsonaro disse que com a mudança acabariam as notícias no "JN". Após essa fala, Bonner leu um comunicada da Globo ao vivo dizendo que os telespectadores seriam informados independente do horário da divulgação.
Quando o Brasil ultrapassou a marca de 100 mil morto por Covid-19, William Bonner relembrou as vezes em que o presidente menosprezou a pandemia. "Bolsonaro disse que não era coveiro. Quando os óbitos chegaram a 5 mil, a resposta dele a um repórter foi: 'E daí?'", recordou o jornalista.
Durante uma conversa com apoiadores do governo, Bolsonaro xingou o apresentador do "Jornal Nacional". Ele falou que o jornalista é "sem-vergonha" e "o maior canalha que existe".
Após Bolsonaro dar uma declaração atacando a imprensa e dizendo que "o país está quebrado", Bonner reproduziu a fala dele no "Jornal Nacional". Ele imitou os trejeitos e gaguejos do presidente e viralizou nas redes sociais.