Adriana Esteves relembra crise em 'Renascer' e apoio do ex Marco Ricca
Atriz contou lições que aprendeu com a novela e disse que o apoio de Marco Ricca foi fundamental
Adriana Esteves relembrou as lições que aprendeu nas gravações de 'Renascer', novela de 1993 que estreou na Globoplay. Ela, que interpretava Mariana, uma jovem que queria se vingar de José Inocêncio (Antônio Fagundes), mas que vive um romance com o coronel. A novela, marcante para a atriz, a fez enfrentar a rejeição do público à personagem.
No podcast 'Novela das 9', do GShow, ela revelou que passou por uma crise por se entregar tanto à personagem. "Minha personagem era muito sofrida, e como eu sou uma atriz que se dedica muito, fiquei muito envolvida com a história. Ela era uma menina muito sozinha, muito sofrida", contou.
"E isso foi de um impacto muito grande pra mim. Acho que eu misturei muito o personagem...eu me dediquei tanto, pra buscar, pra entender... e eu fiquei durante aquele tempo da novela sofrida com sofrimentos que eram da Mariana, não eram pra ser meus. Tudo isso é a maturidade", disse.
Ela disse que aprendeu a não repetir os erros de 'Renascer'. "Algumas coisas nunca mais foram feitas e repetidas por mim enquanto atriz. Dá pra ter a mesma dedicação, o mesmo aprofundamento, sem você misturar muito o que é ficção e o que é realidade", contou.
Adriana contou que a relação com Marco Ricca foi fundamental para ela enfrentar a turbulência da novela. Os dois se conheceram na produção e aos poucos se envolveram, tanto que ele é pai do primeiro filha dela, Felipe. Perguntada sobre como superou os dias difíceis, Adriana chorou no podcast.
"De cara eu digo: Marco Ricca. Eu o conheci nessa novela, então ele acompanhou meu processo, minha necessidade de estofo e de crescimento. Muito meu amigo, ele me apresentou um mundo muito interessante, do teatro paulista. Depois de amigos, começamos a namorar e ficamos juntos 10 anos. Ele me deu muita segurança, muita força", contou.
"Me incentivou muito e me apresentou muito. Coisas, pensamentos e pessoas. Ele foi fundamental. Ele me ajudando a abrir esse olhar, e eu vendo dentro de mim que eu era atriz, sim, e que o que eu precisava era desenvolver a minha atriz e fortalecer a minha pessoa...aí foi um trabalho, um trabalho diário", disse. Ela conta que ele a ensinou uma frase: "Um tijolinho por dia, que era a frase dele. Era o lema lá em casa. Um tijolinho por dia eu aprendi que é pro resto da vida. A gente não para de se exercitar. É musculação na alma, na cabeça, no corpo", contou.
Apesar da rejeição em 'Renascer', a atriz relembra com carinho do sucesso em outros papéis. "Eu fiz tanta coisa depois, e tanta coisa tão boa! Foi justamente por ter dado uma sofrida nesse episódio dessa novela e isso ter me dado maturidade e bagagem pra seguir em frente, não só com a minha formação de atriz", contou.
"Acabou a novela e eu fui trabalhar com o Gabriel Vilela, fazer teatro pela primeira vez. Fui fazer uma turnê de teatro com ele e com a grande Maria Padilha. Tudo isso só aconteceu por que eu estava sofrida, porque eu estava querendo ser atriz, querendo fazer muito bem o meu trabalho", disse.
"Eu aprendi muito as relações de trabalho, onde eu me respeito e onde eu respeito o próximo. Isso virou uma dinâmica muito mais fácil pra mim a partir dali, pra conviver, pra entender as vaidades das pessoas, as minhas vaidades, separar o que está sendo real e o que está sendo vaidade de um colega, ou a minha vaidade. Tudo isso foi jogado na minha cara, trabalhado em análise, vivido. Eu precisei de tempo. Acabou Renascer e eu fui convidada pra um outro trabalho em seguida. Eu falei: 'Não posso'. Porque eu não estava bem, não tinha força", disse.