Filhas de Gugu têm pedido por pensão negado pela Justiça

As gêmeas Marina e Sofia, de 17 anos, se emanciparam para poderem entrar com medidas judiciais por si mesmas na disputa pela herança do apresentador, cujo iventário é administrado pela tia, Aparecida

Foto: Reprodução/Youtube
Marina e Sofia Liberato

O pedido de pensão alimentícia no valor de US$ 20 mil (R$ 102,8 mil) feito em nome das filhas de Gugu Liberato foi negado pela Justiça, conforme informou o portal "R7" na última sexta-feira. A decisão, contudo, já havia sido publicada em Diário Oficial cerca de um mês antes. Em meio à disputa pela herança, as gêmeas Marina e Sofia, de 17 anos, tornaram-se capazes de entrar com medidas judiciais por si mesmas ao serem emancipadas pela mãe, a médica Rose Miriam di Matteo . Com isso, elas passaram a ser representada pelo mesmo advogado de Rose, Nelson Willians.

Rose, mãe dos três filhos de Gugu, luta na Justiça pelo o reconhecimento da união estável com o apresentador. Ela já havia pedido a mesma quantia de pensão, que foi recusado. Marina e Sofia também tentaram permissão para uma auditoria no inventário e nas ações da tia, Aparecida Liberato. De acordo com publicação da "Folha de S. Paulo" no início de julho, elas estão insatisfeitas com a falta de informações sobre o processo e a administração dos bens do apresentador, morto num acidente doméstico em novembro de 2019. A herança total é avaliada em R$ 1 bilhão.

Gugu deixou postos de gasolina, terrenos, estúdios de TV, prédios comerciais e muitos outros imóveis, além de uma quantia de R$ 193 milhões no banco. O processo de inventário é atualmente conduzido pela irmã dele, representada pelos advogados Dilermando Cigagna Júnior e Carlos Regina.

Recentemente repercutiu na internet um vídeo feito pelas gêmeas para a Justiça, publicado primeiro pelo jornal "Metrópoles". O trecho que viralizou mostra um comentário delas sobre o desejo de ter um Porsche, que custa cerca de R$ 500 mil, mas que precisaram se contentar com um carro mais barato. Depois, nas redes sociais, foi postada a foto do tal veículo, um Dodge Charger, de valor aproximado de R$ 420 mil, apelidado de "coisa".

Marina disse que a tia negou o automóvel pelo preço que ele tinha.

"Eu pedi para minha tia a Porsche que eu sempre sonhei em ter. Ela disse que falou com a promotora e que a mesma disse que eu não poderia ter esse carro porque era muito de luxo para uma criança de 17 anos. E eu não poderia ter também porque era muito caro. Eu achei muito estranho e procurei um carro mais barato. No final, eu acabei comprando um carro pela metade do preço do que aquele que eu queria."

No mesmo vídeo, as gêmeas defendem que a mãe, Rose Miriam, tinha união estável com Gugu. Elas também reclamaram dos valores que lhes têm sido repassados mensalmente e chegaram a pedir um aumento, considerando a quantia recebida pelo irmão mais velho, João (que está do lado da tia), e pela avó.

"Pedi um aumento para ela (a tia, Aparecida Liberato) de US$ 2 mil e ela já foi falando que era um absurdo ganhar dois mil, sendo que não é nem perto do que a gente tem. Nem perto do que ela tira por mês para pagar as nossas contas".

Em julho, João afirmou, em nota, que as gêmeas estavam sendo manipuladas no inventário do pai, e disse que a emancipação das irmãs, de 17 anos, foi "duvidosa". A defesa de Marina e Sofia, que é a mesma de Rose Miriam, por sua vez, rebateu que a "manipulação" ocorria do lado que João defende e destacou a "falta amadurecimento ao rapaz de 19 anos".

O advogado delas contou que as imagens teriam sido vazadas.

"Elas não deram entrevista para nenhum veículo de comunicação e nem darão. A gravação foi feita diretamente para a Justiça e faz parte do processo de Inventário que tramita em segredo de justiça. Portanto, o vídeo foi indevidamente vazado à imprensa e os fatos serão apurados na esfera cabível", disse Wilians ao portal "G1".