Viúvo de Paulo Gustavo crítica falta de ações para frear a Covid: "Desgoverno"

Thales Bretas falou sobre os dois meses sem o marido e disse que os filhos estão ajudando com que ele siga em frente

Foto: Reprodução/TV Globo
Thales Bretas fala de dois meses sem Paulo Gustavo

A morte de Paulo Gustavo completou dois meses e Thales Bretas, viúvo do ator, participou do "Encontro" na manhã desta segunda-feira (5). O médico falou sobre os últimos tempos sem o marido e disse que o que tem lhe ajudado a seguir em frente é o trabalho, os amigos, a família e principalmente os filhos, Gael e Romeu.

"As crianças me estimulam a correr atrás de tudo e ter um interesse novo na vida. São uma continuação do amor do Paulo", diz. Thales também fala que um grande esforço dele vai ser ensinar para os gêmeos quem foi Paulo Gustavo e transmitir o amor que o humorista tinha pelos filhos. "Minha maior função é mostrar o tanto que o pai deles amou eles e passar todos os valores que ele tinha. Vou mostrar sempre que puder o trabalho lindo que ele fez, a capacidade de emocionar, comover as pessoas e tocar em assuntos difíceis de uma forma leve. Quero passar essa alegria e esse amor. Quero amar os dois por dois", continua.

O médico comentou as homenagens que Paulo Gustavo ganhou e fala que toda a repercussão foi do tamanho que ele merecia. "Ele sabia do tamanho dele, mas ele tinha uma humildade e tinha muitas ambições profissionais. Tinha a certeza que ia ganhar o Oscar algum dia e iria alcançar o mundo. Ele tinha projetos para isso", fala Thales.

O viúvo do comediante criticou o governo pela falta de ações para conter a pandemia e disse que se sente indignado sabendo que a história poderia ter sido diferente. "Nesse momento que a gente vive hoje, algumas atitudes do governo são incabíveis. Eu me sinto uma vítima de tudo isso, porque poderia ter sido diferente. Poderiam ter sido adotadas medidas. Sinto que estamos em um desgoverno e o próprio presidente é uma pessoa que não inspira confiança", diz.

Por fim, Thales Bretas também falou sobre a Covid-19. O médico disse que ele e Paulo Gustavo seguiam os protocolos e se cuidavam para não contrair a Covid-19. "Essa doença é imprevisível, o Paulo era uma pessoa jovem e saudável. Não tinha nenhuma doença, tinha uma asma controlada há anos, e teve esse fim terrível. Ninguém está imune a essa doença", finaliza.