O ex-participante do "BBB 20" Felipe Prior estava sendo investigado por estupro e tentativa de estupro. O inquérito policial foi encerrado e decidiu não indiciá-lo, porém o Ministério Público de São Paulo apresentou uma denúncia contra o arquiteto. Agora, cabe a um juiz decidir se irá acatar a denúncia ou não.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a delegada Maria Valéria Pereira Novaes, da 1ª Delegacia da Mulher, foi quem decidiu concluir a investigação e disse que não teria como indiciá-lo. "Terminei o relatório e encaminhei com tudo que apurei. Eu, como delegada, tenho que me ater ao delito e, pela minha convicção técnico-jurídica, aquele crime, aquele artigo penal, não aconteceu. Isso não quer dizer que ele não vai ser indiciado posteriormente ou que tenha sido absolvido", ela falou após ter encerrado o inquérito.
As advogadas que representam as supostas vítimas de Felipe Prior, Juliana Valente e Maira Pinheiros, declararam em nota que não concordavam com a decisão tomada pela delegada. "Esperamos que a injustiça desse relatório seja revertida nas próximas etapas. Esperamos ainda que essa posição lamentável da polícia não leve as milhares de mulheres que sofrem violência todos os dias a ter medo de denunciar o que sofreram", disseram por nota.
Relembre o caso
Felipe Prior está sendo acusado de ter estuprado duas mulheres e ter tentado violentar uma terceira. Os crimes teriam sido cometidos entre os anos de 2014 e 2018 em cidades do interior de São Paulo, durante edições do InterFAU, jogos univesitários para estudantes de Arquitetura e Urbanismo. O ex-participante do "BBB" sempre negou todas as acusações.