Redes Sociais viram fonte de renda de celebridades que buscam mais autonomia

As redes sociais tornaram-se febre e o apelo à publicidade conquistou até mesmo celebridades do primeiro escalão da cena pop brasileira

Não é de hoje que as redes sociais viraram febre conquistando até mesmo as celebridades que já não hesitam mais em compartilhar seus momentos mais íntimos na web. Entretanto, os leques de oportunidades dentro desse universo parecem se abrir cada vez mais e fazer dinheiro com essa ferramenta tornou-se um atrativo que alcança novos adeptos, trazendo inclusive profissionais de longa data para apostar em novos rumos nesse mundo virtual com o marketing digital .

As redes sociais se transformaram também em fonte de renda para muitas celebridades
Foto: Pexels
As redes sociais se transformaram também em fonte de renda para muitas celebridades

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Exemplos recentes não faltam, a começar pelo jornalista Evaristo Costa. Ainda em frente às bancadas, o profissional conquistou fãs nas redes sociais e acabou optando por largar as câmeras da televisão para apostar nas do celular e, assim, fazer uma nova fonte de renda. A história, por sua vez, só se repetiu com outros colegas de emissora como Carla Vilhena e até mesmo outras celebridades, que estão surfando na crista da onda do marketing digital. No ano passado, por exemplo, Luan Santana soltou um vídeo na sua página oficial do Facebook anunciado a mudança do sertanejo para o metal e Claudia Leitte optou por tirar o sobrenome. Entretanto, tudo não passava de uma jogada de marketing para atrair atenção dos internautas – e que vale ressaltar: fez sucesso.

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Foto: Reprodução
A youtuber começou com vídeos caseiros e hoje o marketing é uma das suas fontes de renda

Entretanto, não é apenas com as pessoas midiáticas que as redes sociais tem se mostrado uma mina de ouro. A youtuber Evelyn Regly é uma das influenciadoras digitais mais cotadas para o marketing digital: mais de 20 milhões de visualizações mensais, três milhões de seguidores em suas redes sociais e uma média de 250 mil curtidas por post fazem da blogueira um nome renomado no mercado. “Quando eu criei um canal no YouTube a minha intenção era me divertir, eu gostava de interagir com as pessoas, fiz muita amizade, e eu nunca imaginei que eu pudesse ganhar dinheiro com YouTube”, relembra Regly ao iG Gente . “Comecei a perceber isso quando eu fui chamada para participar da Beauty Fair pela Embeleze e achei até engraçado e eles me chamaram para fazer uma presença em evento. Então eles sentiram falta de ter vídeos de produtos de cabelo no meu canal e eu vi que eles poderiam me remunerar para eu poder dar opinião sobre aqueles produtos e foi assim que começou”, completa a youtuber.

No seu canal homônimo, a youtuber fala sobre os mais variados assuntos que circundam o universo feminino: desde beleza até viagens e produtos para casa. Com um leque de temas que abrange os mais variados interesses, são muitas as empresas que chegam à influenciadora digital para emplacar sua marca. “A minha política de publicidade é eu sempre testar o produto antes de aceitar assinar o contrato para poder dar minha opinião porque se eu não me der com o produto, se eu tiver alergia, não for favorável eu prefiro não falar do produto”, conta.

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Evaristo Costa apostou na vida de influenciador digital depois de sair da Rede Globo

O especialista e consultor em marketing digital Filipe Brandão revela que a prática, na verdade, começou há estourar faz quatro anos quando as celebridades apostaram no chamado “publipost”. “As agências começaram a especializar para fazer essa coisa comercial, publicações comerciais até mesmo por conta do uso do instagram que é a rede social que mais cresce”, conta. Segundo ele, para que uma marca se interesse em alguma figura pública, os critérios são bem definidos: “taxa de crescimento dos seguidores, engajamento, quantas pessoas estão interagindo, quantidade de cliques, hashtags e fazer uma avaliação dos seguidores para saber se vale a pena ou não”, conta.

Um bom negócio

Com um alcance de público muito grande e um mercado em ascensão, fazer propaganda nas redes sociais é um negócio bastante lucrativo, não só para as empresas, como também para os influenciadores e celebridades que se dedicam ao segmento. Segundo Brandão, as blogueiras ganham em média R$ 2 mil a R$ 5 mil por apenas um “publipost” - o que representa, atualmente, entre dois a cinco salários mínimos por publicação nas redes sociais.

Para Regly, o interesse em influenciadoras digitais para as propagandas acaba tornando-se muito mais interessante para as empresas do que trabalhar com celebridades. “A maioria dos youtubers são pessoas normais como nossos fãs que nos acompanham. Então quando a gente fala de um produto a gente realmente usa. Passamos essa credibilidade de que foi testado e aprovado, já os artistas geralmente entram para poder projetar a marca, não necessariamente ele usa o produto”, comenta.

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Após polêmica, Roberto Carlos chegou a afirmar que tinha deixado dieta vegetariana

Os exemplos de celebridades que se envolveram em polêmicas diante da publicidade de marcas não faltam: Roberto Carlos, que se declara vegetariano, chegou a fazer campanha para a Friboi; Angélica, que também afirmava não comer carne, degustou um hot dog da Sadia em uma peça publicitária e os questionamentos se Xuxa realmente utiliza Monange ainda circulam a web. 

“O marketing digital fez com que a gente profissionalizasse mais o nosso trabalho [de youtuber], mas eu ainda acho que o que destaca, o que difere nossas publicidades digitais da mídia convencional é a naturalidade e a verdade”, comenta Regly. Para ela, a tendência do mercado de youtubers é só crescer. “Virou a profissão do momento. Vai vir uma nova geração por aí então quem começar agora lá na frente pode ter muito a colher ainda”, opina.

Apesar da tendência de muitas celebridades – ou mesmo pessoas normais que emergem na web – apostarem nesta nova ferramenta, isso não significa que não será mais possível ver publicidade da maneira convencional.  “As pessoas estão ligadas o tempo todo nas redes sociais, tem as targets que ligam gostos e segmentos, facilitou muito a divulgação as marcas”, comenta Filipe Brandão. “Mesclar o marketing tradicional com o digital, como revistas trabalhando em conjunto com as redes sociais, acredito que o marketing só ganha”, revela o especialista.