“O Matador”, a primeira produção nacional e original da Netflix , estreou na última sexta-feira (10) nas telinhas dos fãs do serviço de streaming, trazendo muita violência em um cenário inédito e inóspito do sertão brasileiro. Dirigido por Marcelo Galvão (“Colegas”), o longa fez a estreia do Brasil na plataforma com um elenco de peso com alguns rostos que já estão carimbados na televisão brasileira - mas que agora estão dando o primeiro passo para um novo mercado no país. Esse foi o caso da atriz Thaila Ayala , que admite que sua participação nesse faroeste cangaceiro foi pra lá de especial.

Tapete vermelho de O
Divulgação
Tapete vermelho de O "Matadaor"


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“Eu sou viciada em Netflix, é uma plataforma gigantesca, que só cresce e é a primeira produção brasileira. Para mim é uma honra, não só por ser Netflix, mas pelo roteiro que a gente tem em ' O Matador '”, contou a artista ao iG Gente no tapete vermelho da première do filme.

“Renata, a minha personagem, é uma mulher muito selvagem, mas também, devido à época e circunstâncias, muito submissa ao marido. Talvez por isso não me reconheceram neste filme. Teve gente que veio até mim perguntando onde é que eu estava nessa produção”, completou a atriz. De acordo com ela, para fazer a personagem que nada tinha a ver com seus papéis anteriores, foi necessário um tempo de imersão no nordeste brasileiro, até porque o convite veio durante suas gravações nos Estados Unidos de “Pica Pau”. Durante esse laboratório, como define, Thayla dormiu com tribos, aprendeu a cozinhar no fogão a lenha e chegou até mesmo a matar uma galinha. “Então eu percebo que a gente conseguiu fazer o que queríamos: descontruir a imagem da Thayla. Por mais que me passem personagens diferentes, sempre me chamam para fazer ‘a bonita’ e nem mudar o cabelo me deixam. Esse filme, portanto, é realmente uma oportunidade de descontruir essa imagem”, criticou.

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Divulgação/Netflix

Thaila Ayala

Oportunidade foi a palavra que não saiu da boca do elenco durante a passagem no tapete vermelho. Para a atriz Maytê Piragibe, que recentemente anunciou sua saída definitiva da Rede Record, a estreia do longa é significativa para os artistas brasileiros. “É um momento de reconfiguração do mercado. É muito importante essa nova janela. Ela já é presente na nossa vida e é relevante termos esse espaço nosso, de autoria. Veio a primeira série, agora o primeiro longa, então já temos uma sequência de produções aí para ficar de olho”, opinou. “Para mim, é um momento total de renascimento”, completou a atriz.

Inovações

“O Matador” não foi apenas o primeiro longa brasileiro a estrear na Netflix, mas também o que lançou a atriz Thais Cabral na sétima arte. “Estar nessa plataforma logo no meu primeiro trabalho é um prazer enorme, estou muito feliz de estar aqui”, contou celebrando as oportunidades que o serviço de streaming está dando para os novos atores.

Misturando o faroeste dos Estados Unidos com o cangaço brasileiro, Daniela Galli ainda avaliou que o filme é novidade também por conta do seu conteúdo. “É um filme bem vindo porque ainda não existe esse gênero no Brasil. É muito diferente do Glauber Rocha que traz neorrealismo com o regionalismo do nordeste. Aqui há uma outra pegada, outro nicho que a gente não tem”, opinou. “Isso abre mercado, e abrir mercado é importante, para que a diferença e a diversidade sejam representadas”, concluiu.

Apesar de ter criado esse clima de vanguardista no audiovisual brasileiro, nem tudo foram flores nos bastidores de “O Matador”. Para o protagonista do filme, o português Diogo Morgado , o longa te apresentou um grande desafio. “Não foi fácil gravar na caatinga. O que é legal é que a partir da minha dificuldade pude pensar sobre uma realidade que não é a minha. Eu pude ir ao sertão duas semanas antes de começar a rodar o filme para me ambientar, procurar referências na área”, comentou. Trazer essas realidades diferentes, para ele, também é motivo de celebração para o filme ter estreado na plataforma. “A Netflix é uma rede de streaming global, mas é de nicho. A empresa tenta agradar a pequenos nichos disso, então é muito legal mostrar uma panóplia de realidades de países, de experiências diferentes que muitas vezes o mundo inteiro não tem noção”, completou.

Netflix o Brasil

"O Matador" é o primeiro filme numa série de produções já existentes e anunciadas no país nos próximos anos. Além de "3%", que já tem segunda temporada garantida, o canal de streaming produzirá "Samantha!", série protagonizada por Emanuelle Araújo e Douglas Silva. 

A nova série da Netflix conta a história de um casal decadente. Samantha (Emanuelle Araújo) é uma ex-estrela mirim dos anos 1980 que vive resgatando a memória de seus dias gloriosos. Enquanto isso, seu marido Dodói (Douglas Silva), um famoso jogador de futebol, volta para casa após passar mais de 10 anos na cadeia. O elenco ainda tem Sabrina Nonato e Cauã Gonçalves. Além disso, “Coisa Mais Linda” vai falar sobre o início da Bossa Nova no Brasil, cobrindo os anos 1950 e 1960. Ainda sem elenco confirmado, a série terá oito episódios na primeira temporada, e começará a ser produzida em 2018, com previsão de estreia o mesmo ano. 

Music4Events

Neste sábado, (11), a partir das 16h, um quarteto da Music4Events Brasil, Coral e Orquestra fará uma apresentação especial para os residentes da unidade Ipiranga da Cora Residencial Senior, um novo conceito de instituição de longa permanência para idosos inaugurado no Brasil, há 2 anos. Com um repertório composto de clássicos populares o quarteto promoverá momentos de cultura e divertimento para os residentes.

“A utilização da música é uma ótima ferramenta pra promover ganhos à saúde dos idosos e traz benefícios cognitivos, comportamentais e no humor. Quando ela é executada ao vivo os ganhos são maiores ainda, pois promove integração entre os ouvintes e familiares, além da descontração e bem-estar que se prolonga após o término da apresentação”, explica Dr. Rodrigo César Schiocchet da Costa, geriatra da Cora Residencial Senior.

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