"Estão querendo castrar nossa alegria", diz Patrícia Pillar sobre onda moralista
Atriz compareceu à noite de gala do Festival do Rio para a exibição do filme "Unicórnio" e falou sobre a atual situação política e cultural do Brasil
Por iG São Paulo |
Na noite da última quinta-feira (12), a atriz Patrícia Pillar aproveitou o tapete vermelho do Festival do Rio
, no Cinepolis Lagoon, para fazer um desabafo. A atriz, que está no elenco do longa " Unicórnio
", de Eduardo Nunes, exibido no Festival, se queixou sobre a atual situação política e cultural em que o país se encontra atualmente.
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No evento de cinema, Patrícia Pillar falou sobre a falta de apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro para eventos que incentivam a cultura e as manifestações artísticas, e afirmou que o Estado não reconhece o quanto essas manifestações populares são essenciais para a alegria da população.
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“Quando a gente não vê mais a Prefeitura apoiando um evento de cinema desse porte, quando a gente vê a Prefeitura virando as costas para o Carnaval, torcendo o nariz para a Parada Gay, vemos que o Rio de Janeiro está perdendo o protagonismo cultural que ele sempre teve. Estão querendo castrar a nossa alegria. A cidade entristeceu. Acredito que a gente tem a função de tentar trazer de volta a alegria que faz parte da nossa identidade, do nosso jeito de ser. Acredito que a cultura tem essa função apesar da Prefeitura e do Estado não reconhecerem isso. Nós estamos fazendo a nossa parte e assim será! Viva o cinema e viva a nossa cultura”, desabafou a atriz.
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Por fim, Patrícia Pillar também falou sobre a censura que o meio artístico vem enfrentando com os atos do MBL em diversas mostras e exposições ao redor do País. “Isso é um movimento que, na verdade, mira o poder. Gosto muito de uma frase: ‘O moralismo está a serviço de tudo, menos da moralidade’. Então, não acredito na devesa da moralidade. Isso é um boi de piranha para entrar o que há de pior na nossa política. Esse momento é retrato do que de pior há. E essas mesmas pessoas querem se perpetuar no poder e sou absolutamente contra tudo isso”, finalizou.