Após José Eugenio do Amaral Souza Neto, juiz
do Tribunal de Justiça de São Paulo,
ter optado por soltar um homem que foi preso em flagrante na última terça-feira (29) após ejacular no pescoço de uma mulher dentro de um ônibus que passava pela Avenida Paulista, famosas
da televisão brasileira se mobilizaram em campanha de repúdio à decisão da autoridade.
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Reprodução/Instagram
Celebridades como Isis Valverde, Taís Araújo e Ivete Sangalo repudiaram decisão do juíz do Tribunal de Justiça de São Paulo
As maioria das fotos
publicadas no Instagram
por famosas
como Ivete Sangalo, Fátima Bernardes e Taís Araújo foram republicações das imagens que foram postadas pelas revistas Marie Claire Brasil
e Cosmopolitan Brasil.
Outras famosas,
como Preta Gil e Daniela Mercury, trocaram as fotos
originais de perfil das contas pessoas para uma imagem toda preta.
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Giovanna Ewbank
Isis Valverde
Taís Araújo
Você se sente segura no transporte público? Ontem, no Rio, uma estudante passou por uma situação parecida com o ocorrido terça-feira na Avenida Paulista. Só nos seis primeiros meses de 2017, quase 300 casos foram registrados nos transportes públicos. Fora as situações em que as vítimas não denunciaram por vergonha, medo ou não acreditar na eficácia da lei. Estamos falando de um comportamento sistemático que é incentivado por uma legislação ultrapassada, interpretada friamente por juízes que abrandam e protegem outros homens. Falamos tanto sobre buscar o fim da violência, sobre acabar com a impunidade, mas quando o assunto é o corpo da mulher parece que as coisas mudam de figura e tudo é relativizado. Não dá pra fingir que não foi estupro. Todo dia temos pessoas molestadas sexualmente em público. Isso não pode ser apenas uma "contravenção". A violência psicológica também é violência! #Repost @marieclairebr ・・・ O que houve então, Juiz? Além de constrangedora, uma ejaculação indesejada no pescoço, de acordo com o código penal, é sim estupro. #SerMulherNoBrasil #seeudissernãoéestupro #constrangimentoOUestupro #chegadeassédio
Uma publicação compartilhada por Tais Araújo (@taisdeverdade) em Set 1, 2017 às 9:50 PDT
Karol Conka
Ivete Sangalo
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Thaila Ayala
Tatá Werneck
Preta Gil
Daniela Mercury
Débora Falabella
Carol Duarte
Giovanna Antonelli
Fernanda Souza
Deborah Secco
Queria muito que esse fosse um espaço apenas para boas novas e coisas bonitas. Mas sou mulher e mãe de uma menina. Não posso fazer como a Justiça brasileira e fingir que sucessivos casos de abuso sexual no transporte público não são um tipo de violência, de estupro. Vamos ser claros e usar os termos corretos: é estupro! Quando uma mulher passa por qualquer tipo de violência contra o seu corpo, não existe outro nome além de estupro. A violência não é apenas quando deixa traumas na pele. Os traumas psicológicos, a dor que fica na alma, permanece, e não passa com remédio ou tempo. É uma cicatriz aberta a cada nova impunidade, a cada novo caso. A gente não pode achar normal estar vulnerável a um maníaco sexual que se masturba no ônibus. Muito menos que um juiz não considere isso um tipo de violência, apesar de todas as testemunhas e o terror da cena descrita. Basta dessa violência, basta de abrandar os crimes contra as mulheres. Quero que minha filha viva numa sociedade onde mulheres são tratadas com respeito e que ela tenha a certeza de que as leis funcionam corretamente. #Repost @marieclairebr ・・・ O que houve então, Juiz? Além de constrangedora, uma ejaculação indesejada no pescoço, de acordo com o código penal, é sim estupro. #SerMulherNoBrasil #seeudissernãoéestupro #constrangimentoOUestupro #chegadeassédio
Uma publicação compartilhada por Deborah Secco (@dedesecco) em Set 1, 2017 às 9:21 PDT
Fátima Bernardes
#sempalavras
Uma publicação compartilhada por Fátima Bernardes (@fatimabernardes) em Set 1, 2017 às 11:11 PDT