Clarissa Ward, a jornalista da CNN que se destacou na cobertura do Afeganistão
Clarissa Ward tem 41 anos e a experiência da cobertura em situações de conflito não é novidade em sua carreira
A tomada de poder protagonizada pelos talibãs no Afeganistão é um dos maiores destaques nos noticiários dos últimos dias. Em meio ao caos vivido no país, o trabalho de uma jornalista americana vem chamando atenção, sobretudo após uma aparição da repórter utilizando o "hijab" — tradicional vestimenta feminina islâmica — em uma entrada ao vivo realizada na manhã da última segunda-feira (16), na cidade de Cabul.
Clarissa Ward tem 41 anos e a experiência da cobertura em situações de conflito não é novidade em sua carreira. A repórter da emissora CNN, que entrevistou combatentes do talibã, já esteve na Palestina, em Israel, no Líbano e no Iraque. Na Síria, Clarissa esteve a poucos metros de regiões bombardeadas.
Mesmo presenciando a fuga de diversos jornalistas pelo medo de serem mortos pelos talibãs, Ward se mantém firme na cobertura enquanto seu marido, o alemão Philipp von Bernstorff, cuida dos dois filhos do casal — de 1 e 3 anos — em Londres.
Jornalista reconhecida
Por seu trabalho na televisão, Clarissa já recebeu alguns prêmios, dentre eles 2 Emmy Awards, em 2013. À situação, a profissional compartilhou imagens no Instagram segurando as famosas estatuetas. "Esta deveria ter sido uma noite muito feliz. Em vez disso, passei metade da noite chorando porque esqueci de agradecer a um dos editores em meu discurso. E eu quero dizer que realmente chorei de soluçar", iniciou ela.
Entretanto, ela não deixou de agradecer à academia por premiá-la. "[Receber esse prêmio] é algo que não vou esquecer, mas o mais importante de tudo é que a Síria e estas zonas de conflito foram lembradas. É importante que o jornalismo fale mais sobre isso e não torne este assunto cada vez mais distante", escreveu ela na rede social.
A atuação da jornalista foi comentada até mesmo pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que provocou as feministas sobre o uso da vestimenta tradicional pela repórter. No Twitter, Eduardo publicou um print que mostra a correspondente vestindo o "hijab". "Ei, feministas, achei uma causa para vocês aqui", escreveu na legenda.