Parece que a mais recente novela das 21h da TV Globo , "O Outro Lado do Paraíso", escrita por Walcyr Carrasco , veio mesmo para causar muitas polêmicas. Após ser alvo de críticas pelos espectadores em razão da quantidade de maldades e artimanhas na trama, as cenas da internação da protagonista Clara ( Bianca Bin ) em um hospital psiquiátrico também estão sendo questionadas. 

Leia também: Com começo morno, “O Outro Lado do Paraíso” aposta em segunda fase

Clara é internada em manicômio e cria polêmicas sobre o uso da Eletroconvulsoterapia
Globo/Raquel Cunha
Clara é internada em manicômio e cria polêmicas sobre o uso da Eletroconvulsoterapia

No capítulo da última terça-feira (21) de " O Outro Lado do Paraíso ", a mocinha foi internada em um manicômio por ordens de sua sogra, a megera Sophia ( Marieta Severo ), que forjou um atestado alegando que Clara sofria com esquizofrenia. Já hospitalizada, ela foi submetida a choques elétricos - uma prática conhecida como Eletroconvulsoterapia. 

Leia também: "O Outro Lado do Paraíso" tem mesma potência de "A Força do Querer", diz atriz

Você viu?

Quem não ficou nada feliz com as cenas foi a Associação Brasileira de Psiquiatria . Em nota, o grupo afirmou que as cenas geraram uma grande repercussão negativa para o tratamento. "A trama apresenta narrativa estigmatizante e preconceituosa no que concerne ao uso da Eletroconvulsoterapia – ECT, procedimento médico seguro e indicado para tratamento de transtornos psiquiátricos graves que põem em risco a integridade do paciente, os quais não tenham respondido aos medicamentos psiquiátricos", disseram.

A Associação também esclareceu que a eletroconvulsoterapia, ou eletroconvulsão terapêutica, é feita em ambiente hospitalar, sob anestesia, com monitoramento eletrocardiológico e eletroencefalográfico, e que o paciente recebe uma baixa corrente elétrica que induz à convulsão, com duração de cerca de 30 segundos. Ele completam: "o tratamento é indicado para quadros psiquiátricos que não apresentem respostas aos medicamentos e às demais terapias, como depressões graves, ou quadros em que a medicação tradicional não pode ser administrada".

Por fim, a ABP diz estra inconformada com as cenas veiculadas, pois elas descaracterizariam o procedimento médico, além de prestar um desserviço à população, estimulando o preconceito e o estigma relacionados às doenças mentais, aos pacientes psiquiátricos e à psiquiatria. 

Leia também: Marieta Severo: o trunfo de “O Outro Lado do Paraíso”

Temas Polêmicos

Além do tema citado, "O Outro Lado do Paraíso" também fala sobre violência doméstica, alcoolismo, homossexualidade, nanismo, racismo e corrupção. Até o momento, a novela não entregou o que foi prometido e passou morna pela sua primeira fase. A expectativa é que, nessa segunda fase em que Clara deixará o hospital psiquiátrico após dez anos de internação prenda de verdade a atenção dos espectadores - assim como a sua antecessora, "A Força do Querer". 

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!