Em seu perfil oficial no Twitter, o escritor Paulo Coelho reagiu à suspeita de que o cantor Raul Seixas, seu parceiro musical em inúmeras canções, o teria delatado aos militares durante a ditadura militar. "Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levava segredo para o túmulo", escreveu o autor.

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Paulo Coelho
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A suspeita voltou a circular com o lançamento de "Não Diga que a Canção está Prdida", nova biografia de Raul, que chega às livrarias no início de novembro. No livro, o autor Jotabê Medeiros indica, com base em documentos, que a polícia teria prendido e torturado Paulo Coelho logo após dois depoimentos de Raul ao Dops (Departamento de ordem e política social dos militares).

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Em entrevista a Folha de S. Paulo , o autor disse que, após ter visto o mesmo documento a que teve acesso, Coelho não teria a menor dúvida de que seu antigo parceiro o entregou. Também ao jornal, Paulo Coelho evitou o assunto, dizendo que "Não é tipo que gosta de ficar olhando para as chagas que já cricatrizaram". 

Os dois chegaram a ficar um período sem se falar depois disso, mas retomaram a relação, que gerou alguns dos maiores sucessos de Raul Seixas, como Gita , Tente outra vez , Eu nasci há dez mil anos atrás , Ave Maria da Rua , entre outras. 

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Ambos compartilhavam interesses por magias ocultas e por sociedades alternativas. No mesmo ano dos depoimentos, porém, Paulo Coelho e Raul começaram a se afastar, e o escritor procurou parcerias com outros cantores, como Rita Lee.

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