Fernanda Young nunca deixou de dizer o que pensava, mas não o fazia “de graça”. Seu jeito de ver o mundo, quase sempre usando a comédia como ferramenta, guiou sua carreira artística desde o começo como roteirista em “A Comédia da Vida Privada”.

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Fernanda Young
Reprodução/Instagram
Fernanda Young

Fernanda Young gostava de falar das relações, mas sem entrar em clichês. Foi assim que, em parceria com o marido e companheiro de trabalho Alexandre Machado, escreveu “ Os Normais ”. A série ficou no ar entre 2001 e 2003 e ainda rendeu dois filmes, ambos sucessos de bilheteria.

A artista  gostava de debater sobre tudo, e fez isso em inúmeras ocasiões na televisão, como no “Irritando Fernanda Young” (2006-2010), onde receba convidados estrelados onde fazia questão de coloca-los nos holofotes com perguntas provocadoras. Antes disso, porém, já tinha ganhado a afeição do público na temporada que passou no “Saia-Justa” ao lado de Marisa Orth, Rita Lee e Monica Waldvogel entre 2002 e 2003.

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Inquieta, mudava de projetos com a mesma agilidade que mudava os cabelos. Já escreveu livros de contos, poesia e romances, somando 14 publicações em mais de 20 anos. Seu último livro foi “Pós-F: Para Além do Feminino e Masculino”, de 2018.

Na TV experimentou com o macabro em “Vade Retro”, aceitou seus surtos em “Surtadas na Yoga”, tirou sarro da vida de escritório em “Os Aspones” e mais recentemente explorou o relacionamento dos millenials em “Shippados”. Em seu trabalho, sempre questionou e desafiou normas de gênero e, por meio de suas personagens, deu voz às mulheres.

Em Gonçalves, onde teve o mal súbito, ensaiava para a peça “Ainda Nada de Novo”, que fariam ao lado de Fernanda Nobre em São Paulo. Na peça, ela viveria uma diretora de teatro que se envolve com a atriz de sua peça enquanto ensaiam para a estreia.

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Com Alexandre, com quem escreveu a maioria de seus trabalhos na TV, Fernanda Young teve quatro filhos: Cecília Madonna, Estela May, Catarina Lakshimi e John Gopala.

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