O segundo dia da CCXP2017 foi um prato cheio para os fãs dos primórdios dos quadrinhos no que se trata dos mutantes mais famosos do mundo. Em um painel realizado no final da tarde pela organização do evento, nomes de peso como Bill Sienkiewicz , Carlos Pacheco e a lenda dos desenhos, Arthur Adams , falaram mais sobre a evolução - e, claro, o passado - da saga de X-Men.

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Desenhistas dos quadrinhos de X-Men marcaram presença na CCXP2017 e falaram sobre preferências
Caroline Sassatelli/iG São Paulo
Desenhistas dos quadrinhos de X-Men marcaram presença na CCXP2017 e falaram sobre preferências

Logo no início, o trio de X-Men disse estar contente em retornar ao Brasil e ressaltou a grande receptividade de seus fãs por aqui. “O ambiente de criação dos quadrinhos por aqui é totalmente diferente. Existem grandes produções por aqui”, disseram logo no início para cativar a plateia cansada depois de um dia exaustivo de eventos.

Para eles, a criação de quadrinhos atualmente é muito diferente do que acontecia nos anos 80. “Hoje o processo é muito mais acelerado e tem muito mais histórias do que antigamente, o que pode ser ruim porque cria um ritmo muito acelerado para o leitor e também acaba deixando mais caro”, acrescentaram.

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“Tudo muda muito rápido, inclusive a forma de vender os quadrinhos e o próprio jeito de criá-los”, afirmou Pacheco. Ele, aliás, contou tentar misturar técnicas antigas da criação das histórias dos personagens com tecnologias mais modernas: “Às vezes começo o desenho à tinta e depois passo para o computador”, contou.

Essa, porém, não é uma prática dos outros convidados. Tanto Adams quanto Sienkiewicz afirmaram preferir ainda o bom e velho papel e caneta na hora de trabalhar. O primeiro ainda brincou dizendo que não conseguiria criar nada no computador, pois se confundiria com a quantidade de setas.

Logan

Vale lembrar que Adams foi o criador de Logan , o eterno Wolverine . Porém, ele diz não ter gostado do longa que é um dos cotados ao Oscar, que acontecerá em março do próximo ano. “É muito deprimente e eu acho que os heróis não devem ser desse jeito”, disse.

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O desenhista também contou não acompanhar as adaptações de X-Men para os cinemas. Na sua opinião, as histórias das telonas deveriam ser mais profundas do que realmente são e trazer questionamentos maiores sobre a própria aceitação entre os mutantes - e não apenas resumir o intuito do longa à constante salvação do mundo.

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