Como recriar um personagem tão icônico como a Rachel de “Blanner Runner” mais de três décadas após o lançamento do filme original? Richard Clegg , do estúdio MPC de efeitos visuais, revelou todos os segredos de produção de  “Blade Runner 2049” e deixou o público da CCXP 2017 maravilhado com as técnicas utilizadas para dar vida a replicante na continuação desse clássico.

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Responsável por efeitos especiais de ''Blade Runner 2049'' esteve  na CCXP 2017 para falar sobre seu trabalho no filme
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Responsável por efeitos especiais de ''Blade Runner 2049'' esteve na CCXP 2017 para falar sobre seu trabalho no filme

O céu é o limite

As ferramentas utilizadas pela MPC para encarar o desafio de dar vida a Rachel em “ Blade Runner 2049” são um tesouro guardado a sete chaves pela empresa - inclusive por esse motivo o painel apresentado em parceria da CCPX 2017 com a VFX Rio foi o único do dia em que fotos e gravações eram terminalmente proibidas por parte do público. Richard Clegg explicou o exaustivo passo a passo do trabalho excepcional realizado pelo estúdio. Como ele conta, cada mínimo detalhe e micro-expressão da atriz original precisavam ser duplicado pelo modelo digital feito a partir de centenas de estudos.

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Ver as camadas de animação se juntando para formar uma imagem que chega a ser tão real quanto qualquer ator de carne e osso que participaram do filme é uma experiência que deixou os auditório extasiado. O assunto é bastante específico, mas Clegg recebeu uma chuva de aplausos pelo seu trabalho no longa - a proporção dessa jornada, inclusive, pode ser medida em número: somente o rosto da Rachel computadorizada possuia mais de 500 mil curvas nos cabelos e 200 mil polígonos compondo a face.

Cena de Blade Runner 2049: desenvolvimento narrativo fora dos padrões atuais no cinemão causa estranheza
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Cena de Blade Runner 2049: desenvolvimento narrativo fora dos padrões atuais no cinemão causa estranheza

Cada quadro leva, em média, 20 horas de trabalho diário para ficar pronto e cada cena toma cerca de 40 dias para estar completa - não é à toa que as equipes para tal trabalho são verdadeiros batalhões. Mesmo sendo uma apresentação bastante séria e em tom de palestra, algo muito diferente de painéis com atores, por exemplo, Clegg conseguiu cativar o interesse do público por quase uma hora no auditório sem perder o foco.

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O processo para criar uma versão inteiramente digital da atriz passou por várias etapas que, curiosamente, incluiram scans da própria Sean Young hoje em dia para criar um modelo computadorizado de seu crânio, tomadas médicas para estudo de anatomia e uma versão virtual do estúdio onde suas cenas foram gravadas com uma dublê. Mesmo fugindo da temática da maior parte da programação do auditório principal, ver os segredos por trás dessa produção foi, sem dúvidas, um dos pontos altos do primeiro dia da CCXP 2017.

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