O sexo muitas vezes pode ser considerado um tabu na sociedade. Entretanto, o tema invade a arte e é representado pelos artistas de maneiras diferentes. Uns brincam com os corpos e as relações entre casais e outros utilizam os corpos e o sexo para falar sobre outras questões trabalhando com ferramentas artísticas. 

A ilustradora Marion Fayolle usa a arte para brincar com o sexo de maneira descontraída e divertida
Reprodução
A ilustradora Marion Fayolle usa a arte para brincar com o sexo de maneira descontraída e divertida


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Diante deste cenário, confira como alguns artistas utilizam sua arte  para mostrar o sexo fora do lugar comum:

Aquarela sensual

A dinamarquesa Tina Maria Helena é responsável por transformar cenas e posições sexuais em arte através da aquarela. Sua técnica é mesclar a leveza e fluidez da técnica de pintura a momentos intensos de intimidade e prazer entre diversos casais que acabam convergindo um no outro por conta da falta de limitação entre seus corpos que os desenhos provocam.










"Macaquinhos"

A intervenção artística causou polêmica na época de estreia
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A intervenção artística causou polêmica na época de estreia

Andrez Ghizze, Caio, Daniel Barra, Fernanda Vinhas, Luiz Gustavo Fernandes Lopes, Rafael Amambahy, Renata Alcoba e Teresa Moura Neves são os responsáveis pela criação da performance “Macaquinhos”. A ideia é utilizar o ânus como uma ferramenta para se expressar artisticamente. O projeto que nasceu em 2011 voltou a ganhar repercussão em 2014, ao chegar à cidade de São Paulo. Apesar de trabalhar com uma das partes mais encaradas como tabu, o objetivo da intervenção era chamar atenção ao desiquilíbrio com os países do hemisfério sul e emergentes.

"Anatomia do Fauno"

A peça trata de relações gays e é composta apenas por atores homens
Reprodução
A peça trata de relações gays e é composta apenas por atores homens

A peça polêmica não traz diálogos, mas sim a interação entre homens com o corpo nu. A peça já passou por São Paulo algumas vezes e causou polêmica com o público. A peça é inspirada nas obras de Arthur Rimbaud e sua crítica à modernidade. A peça retrata um fauno, ser mitológico metade homem e metade bode, que é retirado do seu universo para enfrentar os desafios da grande cidade. A peça foi montada para discutir, principalmente, a homossexualidade e o seu erotismo, desde repressão, solidão, à total liberdade nas próprias relações.

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"Não Fornicarás"

A peça mostra as mudanças nas relações com a era digital
André Stefano/Reprodução
A peça mostra as mudanças nas relações com a era digital

A peça da Companhia Os Satyros busca abordar a interação sexual no mundo virtual através da peça “Não Fornicarás”. O trabalho aborda algumas cenas muito comuns na contemporaneidade como bonecas de plástico, sites pornográficos interativos, e até mesmo a pedofilia virtual. Apesar de lidar com o universo digital, a peça apresenta cenas de sexo explícito reascendendo o debate sobre o mundo real e virtual.

Salada de frutas

Pensando que a masturbação feminina ainda é um tabu na sociedade, a artista Stephanie Sarley buscou reascender um debate sobre o tema com um projeto inusitado nas redes sociais. Com a ajuda de pequenas frutas, a artista simula a masturbação com os seus dedos nos alimentos, grava vídeos e posta na sua conta do Instagram. Apesar da sua iniciativa ter agradado muitas pessoas, sua conta foi bloqueada no início, mas depois Sarley conseguiu recuperar suas obras cinematográficas. 


Garota siririca

A Garota Siririca é um HQ que aborda sexo de uma maneira diferente
Reprodução
A Garota Siririca é um HQ que aborda sexo de uma maneira diferente

Ainda sobre masturbação feminina, a quadrinista Gabriela Masson resolveu criar uma série de HQs inspirados na sexualidade da mulher. De maneira natural e leve, a artista busca quebrar tabus colocando o sexo em outro patamar de discussão, em que as mulheres estejam em evidência.

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A ilustração do sexo

A ilustradora Marion Fayolle busca abordar o sexo de outra forma com a arte. Nas suas ilustrações, a francesa brinca com as partes íntimas do corpo das pessoas e a sua relação com o outro. A artista remonta cenas da intimidade de maneira descontraída e divertida na sua série “Les Coquins”, que em português significa “Os Maliciosos”.

Marion Fayolle

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