Nesta sexta-feira (10) é lançado o edital do programa Pretas Potências , encabeçada pelo Pretahub com apoio do Instituto Alok e Black Princess , que visa fortalecer negócios digitais em uma iniciativa de fomento a projetos liderados por mulheres negras e afro-indígenas na área da economia criativa digital.
A iniciativa irá apoiar até vinte mulheres negras empreendedoras de qualquer lugar do Brasil com R$ 20 mil. As selecionadas farão parte de uma comunidade de aprendizado com ciclo de mentorias, além de parcerias com outras mulheres negras empreendedoras.
Para dar o pontapé inicial, o Alok dialoga com Adriana Barbosa , idealizadora do Festival Feira Preta , considerado o maior evento de cultura negra da América Latina e Thamara Pinheiro. Eles falarão sobre a importânica da prática de iniciatvas assertivas que promovem as vocações demulheres pretas e indígenas em suas atuações de negócios.
O bate-papo acontece a partir das 17h, com transmissão online pelas redes sociais da Feira Preta.
Como funcionará o edital
O edital do programa Pretas Potências contemplará quatro áreas da economia criativa digital: novas mídias (jornalistas, creators, streamers , podcasters , empreendedoras de mídias paralelas e/ou periféricas, produtoras de audiovisual, produtoras de canais de conteúdo em diversas mídias – blogs e redes sociais); design e fabricação digital (designers digitais – UX Design, UI Design, desenvolvedoras de jogos, fabricação digital – universo maker); tecnologia (desenvolvedoras de tecnologias e aplicativos, programadoras); e música (produtoras de áudio, trilhas, jingles).
Poderão participar mulheres negras empreendedoras, com idade entre 18 e 30 anos , atuantes na economia criativa digital em qualquer lugar do Brasil.
Hoje, o Brasil tem mais de 4,6 milhões de empreendedoras negras , das mais diversas áreas de atuação, responsáveis por movimentar R$ 73 bilhões ao ano , de acordo com estudo divulgado pelos Institutos Locomotiva e Feira Preta .
A pesquisa revelou também que 96% das pessoas negras têm algum sonho , sendo 25% empreender , e 95% têm confiança que ainda vão alcançar todos os seus objetivos. Já o fator impeditivo para 64% dos entrevistados é a disponibilidade de dinheiro, seguido por ampliação de conhecimentos e estudo (17%).
“Queremos identificar potência em jovens mulheres negras empreendedoras, que possuem negócios em regiões de baixa mobilidade social, como periferias e comunidades de baixa renda, em qualquer lugar do Brasil, para fortalecer e impulsionar suas trajetórias profissionais e pessoais, contribuindo para ampliar sua renda e seu impacto na sociedade” , diz Adriana Barbosa , fundadora da Feira Preta e CEO da PretaHub.
“Esse aporte vai beneficiar os potenciais de jovens mulheres pretas e indígenas empreendedoras que possuem negócios em regiões de baixa mobilidade social como periferias e comunidades de baixa renda. A atuação do Instituto Alok vai a qualquer lugar do Brasil para impulsionar as trajetórias profissionais e pessoais dessas mulheres. Mas não apenas isso, queremos conhecer as histórias, as pessoas que estão por trás dos empreendedorismo e transformá-las em agentes de mudança social para que possam em breve impactar positivamente outras mulheres” , fala Alok.