Com pouco mais de um mês no ar, a nova plataforma de streaming ZoOme.TV está ganhando destaque no mercado artístico graças a um modelo de monetização que concede maior autonomia aos produtores de conteúdo.
No aplicativo, os artistas podem subir diferentes formatos de conteúdo e ainda decidir quando e quanto cobrar por cada um deles, sem complicações ou dúvida de quanto vão ganhar. Eles ainda podem escolher seus anunciantes e negociar diretamente o preço praticado em cada anúncio, sem limite de monetização.
Este novo modelo da ZoOme vai de encontro com uma questão que segue em voga há muitos anos e que gera uma série de dúvidas no mercado de streaming desde seu início, gerando até protestos internacionais, já veiculados pela imprensa.
Um dos mais afetados pela atual crise sanitária e econômica, o segmento de atividades artísticas, criativas e de espetáculos liderou a lista dos vinte principais setores afetados pelo avanço da pandemia do coronavírus , segundo dados do Ministério da Economia divulgados no final do ano passado. Dessa forma, em 2020, os profissionais desse ramo viram as suas receitas reduzirem de forma drástica e com poucas soluções de melhoria.
Por outro lado, a indústria musical global cresceu 7,4% em 2020 impulsionada pelo modelo de streaming, segundo os dados da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). Por outro, é cada vez mais comum que as grandes plataformas de streaming sejam alvos de críticas por conta do modelo de monetização praticado. No último mês, por exemplo, artistas independentes se reuniram em frente às sedes do Spotify em diferentes países pedindo maior transparência da empresa nos seus métodos de monetização.
Modelo da nova plataforma visa monetizar músicos de diversos segmentos
Neste cenário, a nova plataforma de streaming ZoOme.TV , lançada no último mês, surge propondo algumas soluções aos profissionais do ramo, por exemplo, um modelo mais vantajoso de monetizar os músicos de diferentes audiências e segmentos. “O nosso modelo de monetização contribui para que o artista tenha uma receita maior quando comparado aos grandes players da indústria, já que eles têm total liberdade de atuar como administradores do seu canal” , explica Ricardo Kurtz , fundador e CEO do novo aplicativo.
A comparação trazida pelo executivo se refere ao formato de pagamento adotado pelos grandes players, que se direcionam centavos por visualização. O Spotify , por exemplo, repassa aos artistas aproximadamente US$ 0,00348 por play – apenas dos ouvintes premium . Ou seja, para que o músico tenha um retorno financeiro razoável, serão necessárias milhões de visualizações. Já no caso dos pequenos e médios músicos, a monetização se torna praticamente impossível, visto que as produções dificilmente atingem essa audiência.
O portfólio da plataforma é composto por 22 editorias que permitem a inclusão de produções de diferentes formatos, a exemplo de vídeos, podcasts, clipes, lives e até pay-peer-view . Após definir o preço de cada um desses conteúdos, os artistas conseguem acompanhar a audiência e, portanto, saber exatamente o quanto vai ganhar.
“Na prática, os usuários pagam apenas pelo conteúdo que desejam consumir e esse valor é repassado diretamente ao artista” , afirma Kurtz . Para o executivo esse formato é ainda mais vantajoso para os artistas independentes, que estão mais próximos de sua audiência e, em contrapartida, não possuem contratos milionários e a participação de produtoras no lucro.
Além da monetização nos conteúdos, o aplicativo ainda inova o formato de veiculação de publicidade nos canais. Os produtores de conteúdo tem a autonomia de negociar diretamente com as marcas, definindo qual faz mais sentido com o seu segmento e, claro, qual será o valor de investimento dos anunciantes.
“No ZoOme.TV o produtor de conteúdo ganha de 30% a 50% do faturamento de publicidade veiculada no seu canal. Este é o nosso grande diferencial, quando se fala em publicidade. O criador toma o controle de seu canal e consegue administrá-lo como um verdadeiro canal de TV” , retom a Kurtz.
Desde que foi ao ar, no início de março, o ZoOme.TV segue conquistando cada vez mais artistas. Durante as três primeiras semanas no ar, o aplicativo marcou um aumento diário de 15% na solicitação de novos canais. Entre os mais conhecidos, por exemplo, está o cantor sertanejo Gusttavo Lima , que foi o primeiro músico a aderir à plataforma e pretende lançar conteúdos exclusivos no seu canal nos próximos dias.