Considerado como revelação do programa “ Ídolos ” em 2009, Diego Moraes mostrou seu talento para a televisão roubando os holofotes para si e chegando até a final do programa. Apesar de não ter sido coroado com a premiação, isso não foi um impedimento para que o cantor conquistasse o seu próprio espaço dentro da música brasileira .
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Hoje, após lançar o disco “#ÉQueEuAndoDeÔnibus”, Diego Moraes mais de si doando não só a sua voz mas também sua poesia para cada uma das canções. Com um trabalho mais autoral, em contraste com o anterior que consistia em covers de canções famosas, Moraes teve como inspiração uma conversa de ônibus em que uma senhora contar sobre a perda do marido, vítima de câncer.
“Quando você entra no ônibus, entramos em um processo meditativo de silêncio e abrimos mais os olhos e os ouvidos. Abrimos mais o mundo ao redor involuntariamente”, comenta o cantor ao iG Gente .
Na época em que começou a compor as músicas que iriam entrar no disco, o artista passava por uma fase complicada em que, além de estar saindo da sua primeira gravadora, ainda enfrentava uma desilusão amorosa. “Essas minhas idas ao trabalho de ônibus foram na verdade o meu terapeuta, como não tenho grana pra pagar terapeuta eu ando de ônibus”, brinca o músico.
Inspirado principalmente pelas sonoridades herdadas de seus pais – já que sua mãe costumava lavar a roupa cantando Elis Regina e seu pai fazia roda de sertanejo raiz com os amigos, “#ÉQueEuAndoDeÔnibus” vem também como uma reafirmação da identidade de Moraes.
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“Com o tempo as coisas que eu queria dizer era diferente da ideologia do primeiro disco tanto que a gravadora e o escritório não entenderam muito bem a escolha do repertorio autoral e por isso eu acabei tornando um artista independente”, comenta Moraes.
“A minha existência enquanto gay, negro e pobre é politica e as gravadoras não tem interesse em falar sobre essas questões”, critica o jovem, que classificou essa mudança dos covers para o trabalho autoral como “muito dolorosa”. [Continua]
Filosofia para crianças
A 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece entre os dias 03 a 12 de agosto, no Anhembi, traz um encontro inédito no evento. De um lado, o quadrinista Maurício de Souza e, do outro, o filósofo Mario Sergio Cortella. O tema? A importância do pensamento para crianças.
No palco da Arena Cultural BIC, as duas personalidades promoverão um bate-papo no dia 11 de agosto às 11h sobre os assuntos em destaque de sua segunda obra em parceria, intitulada "Vamos pensar + um pouco?".
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A conversa entre o filósofo e o pai da Turma da Mônica transitará em torno do ato de pensar, com o pensamento apontado como o ponto de partida para tudo que fazemos e, especialmente, como início do nosso entendimento de mundo.
Realizada de 3 a 12 de agosto pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), serão 10 dias no qual os visitantes poderão viver diversas experiências culturais, ter contato direto com autores, participar de bate-papos e conferir palestras exclusivas.
Com a assinatura "Venha fazer esse download de conhecimento", a campanha deste ano enfatiza a importância do diálogo, da abertura de perspectivas e busca de novos conceitos. Os ingressos já estão à venda pelo site oficial do evento.
Fim de semana do cinema
Apesar dos jogos da Copa do Mundo terem tomado conta das telinhas – e telonas – ao redor do mundo, os Estados Unidos mostrou que ainda assim consegue movimentar as salas de cinema. Neste fim de semana, diversos filmes trouxeram grandes números de bilheteria para Hollywood.
A estreia de “Os Incríveis 2” correspondeu às expectativas e trouxe US$ 180 milhões no primeiro final de semana, segundo o BoxOfficeMojo, tornando-se a animação com maior arrecadação além da oitava colocação no Top 10 de maiores lançamentos do país.
Em segundo lugar veio o recente “Oito Mulheres e Um Segredo”, que teve uma bilheteria menor comparada ao total, mas ainda significativa: US$ 19,5 milhões. Em terceiro, “Te Peguei!”, com US$ 14,6 milhões e, em quarto lugar, “Han Solo – Uma História Star Wars”, com 42,3% a menos que no final de semana anterior.
A luta de Diego Moraes através da música
Utilizando-se da música como ferramenta para abordar temáticas que o tocam, o repertório do novo disco do cantor traz canções como Demode, um single que alcançou mais de 7 mil visualizações no YouTube, o cover em inglês de Balada do Louco, a envolvente Sábado com Fernanda Dias e mais uma versão de Não Recomendado, uma canção de Caio Prado que também inspira o nome de um coletivo musical em que Moraes participa, ao lado do compositor e de Daniel Chaudon.
Com um forte teor político, a canção reivindica direitos da população LGBT e traz à tona problemas sociais que muitos enfrentam no cotidiano. “Abordar esses temas sendo um artista contempraneo se tornou meio que inevitável”, comenta o músico. “Acho que tenho responsabilidade de comunicar algo e quis comunicar”, completa.
Na canção, Moraes canta o que não é recomendado à sociedade, mas o que ele verdadeiramente recomenta no atual contexto é um: o diálogo. “Os períodos do planeta são cíclicos, já vivemos vários períodos de caos. Eles são importantes para transformação, que eu recomendo. Eu recomendo a desestabilização de conceitos”, explica.
Com o novo álbum nas plataformas digitais, Diego Moraes fará show em São Paulo no próximo dia 22 no Jazz Dos Fundos e não hesita em compartilhar como está se sentindo para essa nova jornada: “Eu estou com muito tesão de fazer esse show a gente não vê a hora de começar a turnê pelo país”.