Em setembro de 2017, a exposição “QueerMuseu” em Porto Alegre roubou os holofotes para si em território nacional. Na época, grupos protestaram contra a exibição das obras de arte que foram acusadas de incitar a pedofilia, zoofilia e intolerância religiosa. A mostra acabou fechando sob pressão, mas o caso não foi esquecido, nem pela classe artística e nem pelos grupos conservadores.

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Reprodução/Twitter
O "QueerMuseu" causou polêmica e roubou holofotes no ano passado


Seis meses depois do episódio, o iG Gente resolveu olhar para trás e ver o que rolou durante esse período e que impacto o “QueerMuseu” , que agora chega ao Rio de Janeiro em junho, teve no país. Confira!

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Um debate intenso

Com um país polarizado também culturalmente, as redes sociais entraram em conflitos de ideias: de um lado, grupos apoiando a existência da exposição e, do outro, buscando a sua proibição. Apesar da internet ter se incendiado, no final de fevereiro foi possível analisar o que, na época, estava pegando fogo.

A Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP) realizou um estudo que identificou o uso de robôs durante o debate em relação ao “QueerMuseu” no Twitter. O estudo mostra que 12,97% das interações na plataforma tinham a indicação de atividades automatizadas exigindo o boicote da mostra. A pesquisa analisou 778 mil tweets e detectou que 8,69% não foram postados por pessoas reais. O resultado chamou atenção já que, muito por conta da pressão para o fechamento da mostra, proveio dos internautas.

Na Lei

O barulho do “QueerMuseu” chegou a reverberar na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. O deputado Euclério Sampaio (PDT) lançou um projeto de lei que proibia exposições artísticas com nudez e referências a atos sexuais. O projeto já havia sido aprovado na Assembleia em outubro de 2017, mas acabou sendo vetado mais tarde.

Na justificativa, Sampaio afirmou que “após algumas manifestações artísticas causarem polêmica pela exposição de atos obscenos e outras envolvendo menores de idade em exposições onde um ator se encontrava totalmente nu, também torna inegável a necessidade da atuação do poder público para evitar que as manifestações artísticas de cunho sexual sejam promovidas em espaços públicos”, defendendo que essas mostras poderiam causar constrangimento aos cidadãos.

O mesmo aconteceu na Câmara dos Deputados em Brasília, em um projeto de lei do deputado Delegado Franscischini, apresentado no final do ano passado logo após as polêmicas da exposição. No projeto de lei, o deputado citou dois eventos o “QueerMuseu” no Centro Cultural Santander e a performance do coreógrafo Wagner Schwartz no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo na justificativa da lei que tinha como intuito passar a criminalizar no Estatuto Da Criança e Do Adolescente (ECA) a exibição de órgãos genitais de adulto, criança ou adolescente para fins artísticos, considerando-as "cenas de sexo explícito ou pornográfica".

Vaquinha

Se por um lado houve a tentativa de criminalizar as exposições anteriores, por outro, artistas se uniram para trazer de volta a exposição à tona. No Rio de Janeiro, a exposição “QueerMuseu” foi vetada pelo prefeito Marcelo Crivella, mas a Escola de Artes Visuais do Parque Lage promoveu uma série de eventos – e uma benfeitoria – para trazer a mostra à cidade carioca.

Além do “Levante Queremos Queer”, realizado no final de fevereiro deste ano cujo intuito era unir 12 horas de debates e atrações culturais gratuitas, a instituição também realizou um leilão no dia 16 de março que contou com a participação de diversos artistas, como Caetano Veloso para conseguir o valor necessário para levar a exposição ao Parque Lage.

Apesar do sucesso do financiamento coletivo e leilão, a arrecadação ainda continua em busca de R$ 1 milhão para o “aprimoramento da plataforma de debates com ampliação do projeto educativo” que acompanhará a exposição. Até a publicação desta matéria, já foram arrecadados R$ 851.916,00. A mostra foi confirmada para a segunda quinzena de junho deste ano no Rio de Janeiro.

“O Método de um assassino”

Dos diretores de “The Bridge” e “Arne Dahl”, “O Método de um Assassino” estreia no Mais Globosat
Divulgação
Dos diretores de “The Bridge” e “Arne Dahl”, “O Método de um Assassino” estreia no Mais Globosat


"O Método de um assassino”, dos mesmos diretores de “A Ponte” e “Arne Dahl”, vai ao ar no próximo domingo, dia 1º, às 22h, no canal Mais Globosat , com dois episódios inéditos e em sequência. O thriller sueco conta a história da psicóloga e ex-agente do FBI Johanne Vik que se envolve na investigação de perturbadoras mortes brutais em Estocolmo, Suécia, quando descobre que sua filha, autista, é uma das testemunhas.

Os dois episódios estarão disponíveis também no Mais Globosat Play e nas plataformas on demand das operadoras a partir de 1º de abril.

Johanne se junta ao detetive local Ingvar Nyman nas investigações. À medida que o número de assassinatos aumenta, um padrão no caso aparece. O “Método de um assassino” é um thriller psicológico que levanta questões emocionantes sobre religião, direitos humanos e amor. Os oito episódios de “O Método de um assassino” vão ao ar nos próximos quatro domingos, sempre com dois episódios em sequência.

Ideias exclusivas

A quarta e última temporada de "O Negócio" traz desfechos, revelações e muitas surpresas para os fãs, como a participação de profissionais renomados nos bastidores para que o resultado seja inesquecível.

A chef Bel Coelho assina o cardápio real do restaurante fictício que será inaugurado nesta temporada. A chef passou quatro dias nos sets de filmagem elaborando receitas exclusivas para a produção. Com um processo criativo ágil e flexível para atender especificidades da TV, Bel criou para o menu iguarias como o carpaccio de vieiras com molho de wasabi e nirá. O restaurante estará localizado no hotel de luxo que Luna (Juliana Schalch), Magali (Michelle Batista) e Mia (Aline Jones) constroem para realizar o sonho de Karin (Rafaela Mandelli).

Já o escritório de arquitetura Gusmão Otero Arquitetos Associados (GOAA) foi responsável pela concepção do projeto do prédio e pelo desenvolvimento da maquete personalizada, com inspiração nos movimentos femininos da escultura da Vênus de Milo.

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