Primeiro eliminado do "BBB 3", o modelo e fotógrafo Paulo Carotini está recomeçando a vida aos 52 anos. Há sete, ele foi diagnosticado com um câncer na garganta e passou por um intenso tratamento que quase o fez perder a vida. Nesse período, enfrentou três cirurgias, radioterapia e terminou o tratamento em Portugal, onde passou os últimos anos.
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De volta ao Brasil, após brilhar em grandes campanhas e nas passarelas do São Paulo Fashion Week, o ex-BBB agora é corretor de imóveis e está retomando sua carreira de fotógrafo.
"Foi um encerramento de um clico muito difícil que consegui vencer. Estou recomeçando. Sempre é tempo de recomeçar", disse ele, em um papo com o também ex-BBB da sua edição Emilio Zagaia, em uma live no Instagram "Zoe, a vida é hoje".
Paulo descobriu a doença após notar um caroço no pescoço. "Nunca pensei que fosse ter câncer. Até que a biópsia revelou que eu estava com uma um tumor maligno na garganta. Me senti muito mal e desabei".
O ex-BBB conta que recebeu do médico a informação de que o câncer que ele tinha era muito agressivo e que poderia se espalhar pelo cérebro, esôfago ou pulmão.
"O médico me disse que teríamos que agir muito rápido para evitar que esse câncer se espalhasse. Eu tinha um tumor maligno na base da língua e estava com uma metástase muito séria no pescoço", lembra.
O modelo passou por uma cirurgia de emergência. "Eu poderia ter várias consequências e efeitos colaterais numa operação dessa. Fiquei com muito medo. Fui para mesa de operação acompanhado de vários riscos. Tive uma certa complicação, porque eles abriram 180 graus aqui no pescoço, e por sorte eu tinha só uma glândula infectada, e extraíram a metástase. Depois de 15 dias, eu extraí o tumor maligno na base da língua. Fiquei sem poder falar".
O ex-BBB relata ainda que após a cirurgia teve um sangramento na garganta que o fez operar novamente às pressas.
"Foi muito difícil. Eu poderia ficar sem a fala, ter algum problema neurológico. Fiquei sem mexer o braço direito, porque machucou um nervo. Mas minha primeira preocupação era manter o meu pescoço e não prejudicar minhas cordas vocais", diz ele, lembrando o que veio depois: "Comecei a definhar, emagrecer. O câncer vai minando você, vai acabando com a sua existência".
Todo o tratamento foi feito no Inca, no Hospital do Câncer do Rio, onde Paulo morava na época. Ele conta que seu histórico de atleta fez toda a diferença para enfrentar a doença.
"Sou atleta, e tudo que eu queria era voltar à minha vida normal e recuperar minha condição física. Comecei a me alimentar melhor, ganhar peso, caminhar e correr. Em seis meses, completei a meia maratona do Rio. Fui me recuperando muito bem. Muito rapidamente eu voltei à forma e meu braço voltou a funcionar. Em seis meses, eu estava recuperado. O esporte sempre me salvou".
Ele decidiu, então, continuar o tratamento em Portugal. "Decidi morar em Portugal e andar de moto na Europa com a Lica (sua então mulher). Vendi tudo o que eu tinha e fui morar em Portugal, e lá eu continuei meu tratamento".